«Palha Blanco», a praça do luto e da apoteose de Marcos Bastinhas

Miguel Alvarenga – A praça «Palha Blanco» de Vila Franca de Xira terá sempre – e para sempre – um significado muito particular e muito especial na carreira do cavaleiro Marcos Bastinhas.

Foi nessa arena que o Marcos toureou pela primeira vez depois da morte de seu pai, o eterno Maestro Joaquim Bastinhas, na tarde de 31 de Março de 2019, no festival de despedida do bandarilheiro David Antunes, que foi suspenso ao intervalo devido à chuva – de que recordamos em baixo alguns momentos captados por Maria João Mil-Homens.

Chorou nas cortesias e chorou enquanto toureava – mas obteve nessa tarde um triunfo apoteótico e jamais esquecido. Joaquim Bastinhas morrera três meses antes, no último dia de 2018, no Hospital da Cruz Vermelha em Lisboa.

E voltou a ser nesta mesma arena da centenária «Palha Blanco» (fotos de cima) que Marcos Bastinhas toureou no último domingo, alcançando, como aqui referi, outro êxito estrondoso, frente a um belíssimo toiro de Paulo Caetano (que também triunfou nesta tarde e brindou um ferro a Marcos) – que lidou primorosamente e com a emoção que marca sempre as suas presenças em praça – de novo de luto, poucos dias depois da morte de seu avô, o Comendador Rui Azinhais Nabeiro, por quem no domingo se guardou um respeitoso minuto de silêncio ao início do festival.

Vila Franca fica na história de Marcos Bastinhas, como ficara também na história do Maestro Joaquim Bastinhas – pelos muitos triunfos que ali protagonizou e pelo carinho especial que por ele nutriam os exigentes aficionados vilafranquense.

Fotos M. Alvarenga e Maria Mil-Homens

Há quatro anos, foi na «Palha Blanco» que Marcos
toureou pela primeira vez, visivelmente emocionado,
depois da morte de seu pai

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