Pepe Luis Segura: «As empresas que apoderam toureiros prejudicam os interesses dos aficionados e o que fazem é trocar cromos»

«Historicamente, as estatísticas indicam que os toureiros que se puseram ricos o faziam com apoderados independentes. As empresas que apoderam toureiros prejudicam os interesses dos aficionados e o que fazem é intercambiar (trocar) cromos» – palavras sábias, e a exigir alguma (muita) meditação, proferidas pelo matador de toiros e apoderado Pepe Luis Segura em Sevilha na primeira jornada da 21ª edição do ciclo anual «Lecciones Magistrales», promovido pela associação sevilhana Aula Taurina e que se desenrolou no Salón de Carteles da Real Maestranza de Sevilha (foto), com moderação do debate a cargo do jornalista Carlos Crivell, que apresentou o orador principal como «um toureiro brilhante e um excelente apoderado independente».

«Pepe Luis Segura, um taurino singular» foi o título deste acto que esteve presidido por Miguel Serrano, presidente da Aula Taurina.

«Sempre procurei conhecer primeiro o homem, para depois exigir ao toureiro. Um apoderado que foi toureiro e alcançou o doutorado estará sempre mais próximo do seu toureiro do que alguém que nunca tenha sido toureiro», afirmou Pepe Luis Segura.

A conversa com o jornalista Carlos Crivell desenrolou-se ao longo de quase duas horas e os temas abordados foram muitos: analisaram os tempos actuais, os negócios, as empresas, os honorários dos toureiros, as comissões dos apoderados.

Pepe Luis Segura foi apoderado de inúmeras e importantes figuras do toureio, como José António Campuzano, Ruiz Miguel, «Nimeño», «Manili», Tomás Campuzano, Ortega Cano, Emílio Muñoz, Francisco Rivera Ordoñez, Júlio Aparício, Vicente Bejarano, Manuel Díaz «El Cordobés», Victor Puerto, Juan José Padilla, Jesuli de Torrecera, López Simón e, por último, «Jesulín de Ubrique».

Foto aplausos.es

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