A abertura da temporada ontem em Mourão constituiu uma significativa manifestação da força da tauromaquia e do grande entusiasmo que o povo português continua a manifestar por esta secular manifestação cultural, apesar das permanentes investidas dos contra. «Estamos vivos, temos futuro!» – assim titulou Miguel Ortega Cláudio a sua crónica no site «Tauronews».
O site espanhol «Mundotoro» refere que o futuro matador português Diogo Peseiro (fotos) realizou «o mais brilhante do festejo que abriu a temporada taurina em Portugal», frente a um belíssimo novilho de António Raul Brito Paes que valeu ao ganadeiro a honra de volta à arena com o valoroso toureiro (foto de cima).
Ortega Cláudio, por seu turno, refere que Peseiro, depois de ter estado muito bem com o capote e as bandarilhas, realizou uma faena de «muito querer, empatia com o público e muita técnica». Mais um importante passo em frente de Diogo Peseiro… rumo à alternativa, que está prestes a ser anunciada.
O novilheiro espanhol Eric Olivera toureou com «sensibilidade, improviso e temple» e o jovem aspirante luso Gonçalo Alves evidenciou o seu «conceito clássico e puro do toureio», reafirmando ser uma destacada promessa do nosso toureio a pé – segundo, também, Miguel Ortega Cláudio.
Com a praça cheia e o entusiasmo em crescendo nas bancadas, actuaram também os cavaleiros praticantes Diogo Oliveira (toureiro com «elegância e personalidade», segundo o referido cronista) e Tristão Telles de Queiroz («um dos principais nomes das fileiras de cavaleiros praticantes, a fazer furor entre os amantes da arte de Marialva») e o amador Francisco Maldonado Cortes, que demonstrou uma vez mais «ousadia, bom conceito de lide, cravou com decisão e expôs-se ao máximo».
Pegaram os Amadores de Monsaraz (que este fim-de-semana se estreiam no México) por intermédio de Miguel Valadas, à terceira, a dobrar César Ferreira; João Ramalho e João Canete, ambos à primeira.
Triunfo da ganadaria de António Raul Brito Paes, refere Miguel Ortega Cláudio, com destaque para o primeiro novilho, «nobre»; o segundo de «super classe»; o terceiro foi «mansote»; «a vir a mais o interessante quarto», superiormente toureado por Peseiro e que proporcionou ao ganadeiro honras de volta à arena; a «médias alturas» o quinto»; e o sexto «não rompeu».
O primeiro festejo da temporada nacional foi bem dirigido por Agostinho Borges, assessorado pelo médico veterinário Carlos Santana. Ao início prestou-se homenagem a Manuel Ralo, grande aficionado de Mourão.
Mais logo, não perca a grande reportagem fotográfica de José Canhoto aqui no «Farpas».
E no sábado há mais: segundo festival am Mourão com os cavaleiros Luis Rouxinol Jr. e o praticante António Telles (filho), os matadores Domingo López Chavez, Manuel Dias Gomes e Tomás Rufo (estreia da nova estrela em Portugal) e o novilheiro Manuel Caballero, forcados Amadores de Santarém e novilhos de Murteira Grave.
Fotos Maurice Berho e Touradas/Facebook
Diogo Peseiro foi «o mais brilhante», escreve o «Mundotoro»
«Estamos vivos, temos futuro!» – título da crónica de Miguel
Ortega Cláudio no «Tauronews». Praça cheia ontem em Mourão
no arranque oficial da temporada portuguesa
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