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Estremoz: Moura na liderança… mas cuidado com Bastinhas!


Moura e Bastinhas: 40 anos depois, a história repete-se!

Miguel Alvarenga – Quatro décadas depois, a história repete-se. Moura lidera incontestavelmente o pelotão e marca a diferença, com suprema maturidade e uma cada vez mais reforçada garantia de que com ele em praça vai sempre acontecer inovação. Mas Bastinhas é a grande ameaça e está cada vez mais próximo de lhe conquistar o trono. Ontem voltou a demonstrar isso mesmo em Estremoz.

A competição e a rivalidade entre ambos adensa-se de tarde em tarde e depois de Almeirim, teve ontem uma nova e muito aguerrida etapa na praça de Estremoz, cheia até às bandeiras, como não se via desde que foi reinaugurada há dez anos.

Sereno, tranquilo, senhor das situações e muito por cima dos seus dois toiros – um bem apresentado, mas manso exemplar de Veiga Teixeira e um toiro cumpridor, mas escasso de forças, de Ascensão Vaz -, João Moura Júnior expressou toda a maestria da sua arte com brega superior e ferros emotivos em terrenos de compromisso e de verdade.

Abriu praça com uma lide empenhada e empolgante ao bonito toiro de Teixeira, exigente mas de escassa bravura, mas foi depois no quarto da ordem, o de Ascensão Vaz, que rebentou com o quadro, «à Moura», lidando magistralmente e empolgando o público com duas arrojadas «mourinas» com o cavalo «Hostil», mais um ferro de palmo a pedido da assistência.

Marcos Bastinhas chegou por méritos próprios ao patamar dos eleitos e é hoje também, sem discussão, um dos primeiros do pelotão e, nas últimas corridas (Almeirim a 2 deste mês e ontem em Estremoz), destacou-se como o mais sério competidor de Moura Júnior, tal como seu saudoso Pai o foi, em tempos, do Maestro Moura.

Toureiro plenamente consolidado à sua custa e já não à sombra do nome eterno do Maestro Joaquim Bastinhas, Marcos vive o melhor e mais sólido momento da sua carreira, está imparável, pode com todos os toiros e para ele não existem oponentes que não sirvam – quando isso acontece, como ontem aconteceu com o toiro de Murteira Grave, serve ele e acontece toureio na mesma!

Esteve Bastinhas muitíssimo bem com o toiro complicado e exigente de Branco Núncio, segundo da ordem, numa lide esforçada e a dar o litro, triunfando e superando as dificuldades impostas pelo oponente. Mas foi no quinto, que dizem que não há mau, mas ontem houve, de Murteira Grave, manso, perigoso e feio de córnea, que impôs a força do momento que atravessa.

Com o fantástico cavalo «Da Vinci», que já está a fazer história nesta temporada, Marcos Bastinhas ultrapassou todos os limites possíveis com três ferros curtos de bradar aos céus, entrando recto pelo toiro dentro, saindo num palmo de terreno quase impossível, deixando o público em alvoroço total. Terminou com um bom par de bandarilhas e saltou do cavalo, cumprindo a marca da casa, em clima de perfeita euforia nas bancadas.

Ficou desta «guerra» Moura-Bastinhas um ambiente enorme para a grande corrida de 27 de Maio em Portalegre, onde ambos vão de novo competir, desta vez também com João Ribeiro Telles e Francisco Palha, o quarteto mais interessante do momento.

António Prates esteve ontem uns furos abaixo do seu melhor, reafirmando contudo a mesma ambição e as mesmas ganas que lhe reconhecemos. Frente ao toiro de Fernandes de Castro, de investidas francas, mas com teclas, executou um toureiro frontal, de risco, com ferros de emoção e sortes bem rematadas, ladeando. Bregou bem.

No último toiro, de Pégoras, que ganhou merecidamente o prémio de bravura num concurso pouco bravo, andou Prates mais irregular, sofrendo um violento toque contra as tábuas por se meter em terrenos de alto compromisso onde se estava mesmo a ver que isso aconteceria e ainda outro forte encontrão na cravagem de um curto. Não esmoreceu, não perdeu os papéis, recompôs-se e terminou com dois arrojados ferros a pisar a linha de risco. António Prates é muito melhor do que o vimos ontem. Para a frente, Toureiro!

Bem a bregar, sem excesso de capotazos, com alguns desarmes (os toiros não foram fáceis) e bem a colocar para os forcados, estiveram os seis bandarilheiros intervenientes: João Ganhão e Benito Moura (de Moura), Gonçalo Veloso e Diogo Malafaia (de Bastinhas) e Miguel Batista e Pedro Noronha (de Prates).

Triunfo memorável dos forcados de Montemor e de Évora, como já anteriormente aqui referi em pormenor – grandes Forcados frente a toiros sérios!

O toiro de Grave demorou uma eternidade a regressar aos currais e teve que ser laçado, isto é, também houve ontem tourada à corda em Estremoz… Depois deu-se o facto inédito de o funcionário dos curros que o laçou ter sido chamado para dar a volta à arena com Bastinhas e o forcado José Maria Vacas de Carvalho (fotos de baixo), sob forte ovação do público. Festa é festa!

No final da corrida e como já aqui referimos hoje, a Tertúlia Tauromáquica de Estremoz prestou homenagem à memória do Comendador Rui Nabeiro na pessoa de seu neto Marcos Bastinhas. E depois foram anunciados os toiros vencedores do Concurso de Ganadarias: o de Veiga Teixeira ganhou o prémio de apresentação e o de Pégoras o de bravura. O público concordou.

Agostinho Borges esteve, com a habitual eficiência, na direcção da corrida de ontem, assessorado pelo competente médico veterinário João Candeias.

Em suma, uma tarde de triunfo para a Festa com praça cheia como há dez anos se não via em Estremoz. Quando as coisas são bem feitas, bem promovidas e os cartéis são atractivos, o público não fica em casa.

Parabéns à empresa Toiros & Tauromaquia e à Tertúlia Tauromáquica de Estremoz.

Segue-se, ainda sem confirmação oficial, a corrida de Setembro em que se defrontam as dinastias Moura (Maestro João e seu filho Miguel) e Maldonado Cortes (Francisco e seu filho Francisco, promissor cavaleiro praticante). Outra corrida para aficionados e para voltar a encher a praça de Estremoz! Venha ela!

Fotos M. Alvarenga


Prates: irregular, mas sem perder os papéis



Até houve «tourada à corda»: toiro de Grave teve que ser laçado
para regressar aos currais e depois o funcionário que cumpriu a
proeza deu volta à arena com cavaleiro e forcado. Festa é festa!

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