Miguel Alvarenga – Tinham teclas, metiam mudanças, exigiam e trouxeram emoção à festa dos Ribeiro Telles os seis toiros da ganadaria da casa (David Ribeiro Telles) que ontem sairam à arena do Campo Pequeno na primeira grande corrida da temporada – com lotação esgotada desde a véspera e com um ambiente como há muito se não vivia na capital.
Não foram fáceis para os forcados – que estiveram em noite de triunfo, com destaque para os Amadores de Vila Franca, com duas pegas à primeira e uma terceira. Os Amadores de Santarém fizeram duas pegas à segunda e uma de cernelha, concretizada à terceira entrada da dupla João Manoel/Miguel Tavares.
Francisco Graciosa, que se estreava no Campo Pequeno como cabo do centenário Grupo de Santarém, fez a primeira pega da corrida ao toiro da alternativa de António Telles Filho, consumando ao segundo intento, depois de violentamente derrotado na primeira tentativa. Brindou a todos os Telles.
E para pegar o segundo toiro saltou à arena também o cabo do Grupo de Vila Franca, Vasco Pereira, que executou ao primeiro intento, com a arte, a técnica e o poderio que o caracterizam – e também com uma extraordinária primeira ajuda de Diogo Duarte, que depois o acompanhou na volta à arena com o Maestro António Ribeiro Telles.
O terceiro toiro da noite foi pegado pelo novo Joaquim Grave, filho do antigo cabo Carlos Grave, primo do ex-cabo João Grave e sobrinho do também histórico forcado dos Amadores de Santarém e conceituado ganadeiro Joaquim Grave. Sofreu um forte derrote na primeira tentativa, consumando a pega à segunda, muito bem ajudado pelos companheiros. É um novo valor em ebulição e a afirmar-se de corrida em corrida. Quem sai aos seus…
O vilafranquense Rafael Plácido, forcado experiente, não teve tarefa fácil para pegar o quarto toiro, um animal reservado, tardo de investida e que se recusava a arrancar-se. Quando punha a mudança, era para comer tudo e todos. Plácido sofreu derrotes brutais nas duas primeiras tentativas, acabando por consumar a pega à terceira, com o grupo a ajudar em força e bem.
O cernelheiro João Manoel e o rabejador Miguel Tavares pegaram de cernelha o quinto toiro da noite, reservado, cheio de sentido, que não proporcionou tarefa fácil, antes pelo contrário, aos valorosos forcados. A dupla tentou a sorte por duas vezes… sem sorte. À terceira foi de vez.
A última pega foi brilhantemente executada pelo experiente forcado vilafranquense Guilherme Dotti – e foi a grande pega da corrida. Bonito a citar, aguentou a investida com poderio e temple, fechando-se com decisão, consumando uma pega fabulosa – como é seu hábito. Excelente intervenção do primeiro ajuda, que o acompanhou na volta final com os Ribeiro Telles.
Fique com a reportagem da sequência das seis pegas. E depois de já aqui termos trazido as imagens da alternativa brilhante de António Telles Filho, mais logo não perca os melhores momentos de António Ribeiro Telles, Manuel Telles Bastos, João Ribeiro Telles e Tristão Telles de Queiroz.
Fotos M. Alvarenga
Francisco Graciosa estreou-se em Lisboa como cabo do Grupo
de Santarém pegando à segunda o primeiro toiro da noite
Grande pega do cabo Vasco Pereira (V. Franca) ao segundo
toiro, com uma excepcional ajuda de Diogo Duarte
Joaquim Grave (Santarém): pega brilhante ao terceiro toiro,
à segunda tentativa
Dura e rija pega de Rafael Plácido (V. Franca) à
terceira, ao quarto toiro da corrida
João Manoel e Miguel Tavares pegaram de cernelha, à terceira
entrara, o quinto toiro da corrida
Guilherme Dotti (V. Franca): a pega da noite ao último toiro
da corrida
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