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Até logo, «Nené». Na tua praça

Miguel Alvarenga – «Então e a merda da Corrida do ‘Farpas’, nunca mais a fazemos?…» – tinhas aquele jeito meio desajeitado de dizer as coisas, sempre com uns merdas à mistura, e fizeste-me esta pergunta umas quantas vezes. 

Tinha feito a última Corrida «Farpas», quando ainda havia o jornal em papel, em Agosto de 2010, estava eu a cumprir pena de prisão no Linhó (e por isso não fui, foi o meu Querido Pai representar-me) e essa última foi organizada pelo António Manuel, filho do nosso saudoso amigo e grande empresário Manuel Gonçalves, organizador da corrida nas últimas temporadas e que morrera em Fevereiro desse estúpido ano.

Decidi que não fazia mais corridas. O primeiro desafio tinha sido lançado em 2000 pelos empresários António Luis Raimundo e Inácio Ramos, com os quais organizámos as primeiras Corridas «Farpas» na praça da Moita e as seguintes foram com Manuel Gonçalves, umas na Nazaré e outras na Figueira da Foz, uma ainda na antiga praça da Póvoa de Varzim. A corrida morreu quando morreu Manuel Gonçalves.

Mas tu, meu querido e teimoso «Nené», andavas com ganas de a recuperar, de a relançar. Falámos sobre isso meia dúzia de vezes, «e nunca mais te decides?», perguntavas às vezes, «temos que voltar a fazer a corrida!», insistias com aquele sorriso maroto que às vezes me deixava sem jeito e a confundir a sua bondade com a tua (tanta) malandrice. 

Rabujavas, amuavas, fazias fitas, mas foste um dos Amigos raros que tive neste meio dos toiros. Onde tenho milhões de conhecidos que me dão palmadas nas costas por interesse – e um grupo de verdadeiros Amigos que não são muitos mais do que os dez dedos das mãos. E tu eras um deles.

Foste embora há cinco anos, assim de repente, sem tempo para dizeres adeus, estupidamente, brutalmente. Deixaste-nos, mas nós, os que contigo partilhávamos o sentido verdadeiro da Amizade, nunca mais te deixaram. Estás aqui a todo o momento. 

Já deves saber, sabias sempre tudo, que os teus filhos, a Margarida e o António José, me vieram este ano desafiar para regressar a Corrida «Farpas». E não lhes consegui dizer que não. Gosto. É um desafio. Gosto muito deles. E, acima de tudo, são teus filhos.

É hoje, «Nené». Mais logo, vou lembrar-me muito de ti, vamos lembrar-nos muito de ti.

Quero-te só dizer que estou feliz pelo dia de hoje. Pelos teus filhos. Pela Paula. Por ti. Por estarmos juntos a abraçar um projecto que, afinal, também esteve por um fio para ser teu. 

Já agora, para que saibas: vai ser a primeira corrida a que vou levar o meu neto Santiago. Que já não chegaste a conhecer. Mas de que ias gostar muito. Um dia hei-de falar-lhe de ti. 

Apetece-me chorar. Por ti. Por não estares a meu lado logo à noite. Mas acho que vou ter a mesma força que tu tinhas. E enfrentar tudo isto com um sorriso nos lábios.

Até logo, «Nené». Na tua praça.

Fotos Emílio de Jesus e D.R./Arquivo

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