A empresa Ovação e Palmas de Luis Miguel Pombeiro deu por encerrada a sua actividade tauromáquica em 2023 com a corrida mista do passado domingo em Azambuja, que tinha um cartel diversificado e diferente, com seis cavaleiros, um matador e três grupos de forcados a disputar um concurso de pegas, havendo ainda a registar que o festejo foi de homenagem a Lourenço Luzio, antigo forcado dos Amadores de Azambuja, antigo director de corrida, um dos fundadores da Associação «Poisada do Campino» (que se associou à empresa no tributo prestado a este grande aficionado) e, acima de tudo, uma óptima pessoa e um aficionado de referência. Na foto de cima, o momento em que o homenageado descerrava a placa nos corredores da praça.
O calor inesperada que se fez sentir nestes primeiros dias de Outubro terá desmotivado muitos aficionados de irem à tarde à corrida, muito embora ela estivesse inicialmente agendada para as 16h00 e fosse adiada para as 17h00, precisamente para minimizar os efeitos da alta temperatura. A praça, já de si de escassa lotação, registou meia entrada.
Lidaram-se a cavalo cinco toiros de João Ramalho e um (jabonero), o último, de Gregório de Oliveira, todos de excelente nota; e a pé, também um bom exemplar de São Torcato – que permitiu uma faena de muito bom gosto ao matador António João Ferreira, inspirado e moralizado, a fechar com chave de ouro a sua campanha comemorativa dos 15 anos de alternativa.
Nas lides a cavalo, destacaram-se Ana Batista (a cumprir excelente temporada), Moura Caetano (uma grande actuação de maestria e classe) e Parreirita Cigano (lide muito emotiva e cheia de verdade e rigor, um cavaleiro que bem merece mais oportunidades e que tem sido praticamente apoiado só pela Ovação e Palmas).
A Andrés Romero tocou o toiro mais complicado de João Ramalho, a que o rejoneador deu a volta com saber, agradando ao público pela sua forma alegre de estar em praça.
Os praticantes Manuel de Oliveira e Diogo Oliveira têm ainda algum trabalho de casa para fazer, mas não destoaram da tónica triunfal em que decorreu a corrida. Manuel de Oliveira teve uma lide de menos a mais e Diogo Oliveira esteve em bom plano com um toiro exigente de Gregório de Oliveira.
Nas pegas destacou-se o Grupo de Azambuja, com intervenções de Ruben Branco (à segunda) e Hugo Fazenda (à primeira), que ganhou merecidamente o troféu em disputa para a melhor pega da tarde.
Pelo grupo do Clube Taurino Alenquerense pegaram Diogo Faustino (à primeira) e André Maçarico (à segunda); e pelo do Cartaxo foram caras Vasco Campino (à primeira) e José Oliveira (à terceira).
As homenagens a Lourenço Luzio, com a presença de Silvino Lúcio, presidente da Câmara de Azambuja, decorreram ao intervalo da corrida nos corredores d praça (descerramento de uma placa) e também na arena; e depois da corrida teve lugar um jantar no Restaurante «O Picadeiro», com a presença de muitos amigos.
A corrida foi dirigida por Marco Cardoso, assessorado pelo médico veterinário José Luis da Cruz. O festejo durou… quatro horas. «Não há pachorra», como escreveu Ludgero Mendes na sua crónica no «Tauronews».
Fotos Fernando Clemente
6 cavaleiros, 3 grupos de forcados (6 pegas), 1 matador e uma
homenagem: 4 horas de espectáculo em Azambuja!Ana Batista e o fantástico cavalo com o ferro de Pablo Hermoso
Actuação de maestria e classe de Moura CaetanoAndrés Romero «bailou com a mais feia», mas triunfou!
Grande actuação de António João Ferreira a fechar com chave
de ouro as comemorações dos 15 anos de alternativa
João Oliveira magnífico e poderoso com as bandarilhasParreirita Cigano empolgou tudo e todos. Merece mais!Um bom ferro do praticante Manuel de OliveiraDiogo Oliveira com o exigente toiro «jabonero» de Gregório
de Oliveira
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