João Moura compareceu ontem no Tribunal de Portalegre à segunda sessão do julgamento em que é acusado pelo Ministério Público de 18 crimes de maus-tratos a animais de companhia (a história dos galgos despoletada em 2020), mas, a conselho do advogado, não prestou declarações ao juiz nem aos jornalistas que ali se encontravam. O cavaleiro faltara à primeira sessão, tendo apresentado um atestado médico.
O Tribunal ouviu ontem duas testemunhas, João Lourenço, o capitão da GNR que acompanhou as diligências na quinta do toureiros em Monforte, no dia 19 de Fevereiro de 2020; e Cristina Gonçalves, uma empresária que acolheu alguns dos galgos retirados a João Moura na altura dos factos.
Na primeira sessão tinham sido ouvidas três testemunhas: um colaborador de João Moura que trata habitualmente dos cães na sua quinta em Monforte, uma veterinária e um engenheiro zootécnico, ambos da Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária.
Luis Semedo, advogado do famoso cavaleiro tauromáquicos, disse à agência Lusa no final da primeira sessão que este processo «roça o absurdo» e é «inconstitucional» porque os factos que são imputados a João Moura, «segundo a lei e o Tribunal Constitucional», são factos que «não têm punição legal, porque não constituem crime». O advogado alegou ainda que os galgos em questão «não eram todos» propriedade do arguido.
A próxima sessão do julgamento ficou agendada para a próxima segunda-feira 16 de Outubro às 09h30.
Em declarações ao «Farpas», em Fevereiro de 2020, João Moura disse, recorde-se: «Estou sereno e tranquilo e tenho a consciência muitíssimo tranquila. Quem me conhece sabe o quanto gosto de animais, de maus tratos jamais me poderão acusar. Nem a animais, nem a ninguém, nunca tratei ninguém mal na minha vida».
Foto M. Alvarenga
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