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Jaime Cortesão: a última pega – em Atarfe

Miguel Alvarenga – O Jaime Cortesão vestiu e honrou ao longo de duas décadas a jaqueta azul dos Forcados Amadores Académicos de Coimbra e despediu-se em Espanha na quarta-feira passada, 28 de Fevereiro, Dia de Andaluzia (foto de cima), na corrida que se realizou no Coliseu de Atarfe (Granada), porque Espanha tem para ele e para o seu Grupo um significado muito especial, pelas inúmeras vezes que ali pegaram, em algumas temporadas mais até do que em Portugal.

O Jaime é filho do meu querido e saudoso amigo João Cortesão – que, apesar da diferença de idades, era um dos grande amigos taurinos do meu Pai e eu herdei-o por isso mesmo, da mesmíssima forma que o Jaime diz agora que eu sou um dos velhos amigos do Pai que ele herdou e que sente também como seu. E sou.

Em jeito de homenagem, não apenas à memória do meu Querido João (ambos nas fotos de cima), mas sobretudo ao Jaime, pelo ciclo que se fechou esta quarta-feira e pela raça e pundonor, brilhantismo também e dignidade acima de tudo, com que defendeu ao longo de vinte longos anos a jaqueta azul dos seus Académicos de Coimbra e a arte tão nobre e portuguesa de pegar toiros, aqui transcrevo, com a devida vénia (e com a autorização dele) as palavras que dedicou aos companheiros do Grupo e que deu à estampa na rede Facebook precisamente na hora da despedida. Cá vão elas:

«Hoje dia 28 de Fevereiro no Coliseu de Atarfe, frente aos toiros Veragua de Prieto de la Cal, o meu ciclo como forcado activo do Grupo termina (porque para mim um forcado não se despede, isso é para os cabos, porque têm que comunicar ao público, que a chefia muda). 


«Não é e nunca será uma despedida, primeiro porque não me acho detentor de uma carreira assim tão digna de tal acto, segundo porque continuarei a acompanhar o grupo sempre que puder e continuarei a dar ‘um pezinho’ sempre que for preciso ou melhor, sempre que o Cabo ache que as coisas estão propícias para tal, e em terceiro, porque ser Forcado dos Académicos, não é só o modo de estar dentro de praça, mas sobretudo, um modo de estar na vida, e esse modo de estar na vida, esses valores, esses  princípios e essa concepção da mesma, é a que me acompanha há quase 21 anos e não mudará. 


«Mas efetivamente a vida é pautada por ciclos e o meu compromisso e disponibilidade total para com o grupo, terminou hoje (já com uns meses em atraso ao que realmente esperava), mas a temporada passada, parafraseando o nosso cabo no jantar de gala, ‘não foi a sonhada’ e saio porque a idade já pesa, os valores do medo já se começam a aproximar aos da vergonha, e antes que isso aconteça, passo oficialmente à reserva (aquela frase da tia ‘Mimela’ Cid de ‘o forcado um dia quando vai à pega derradeira, demonstra mais valentia, do que teve na primeira’, posso-vos dizer que é uma frase bonita, mas que me faz lembrar aquela: ‘depois de deixar de fumar só custam os primeiros 6 meses’. 


«Sairei com a certeza que é mais o que devo ao grupo que aquilo que alguma vez lhe dei, mas com a noção também de que, de entre todos os meus defeitos, que são muitos, e algumas virtudes, tudo fiz para que, se mais não tinha de valor ou capacidade, ao menos pudesse ser um exemplo de compromisso e dedicação (que isto de andar cá 4 ou 5 anos, com valor de sobra, é fácil, agora andar cá 20 e sempre cagado é que é difícil). 


«Despeço-me em Espanha e com muito orgulho, foi lá que começou a nossa caminhada de consagração, foi lá que nos apoiaram e nos deram oportunidades quando as portas na fidalga lusitana se nos fechavam, foi lá que mais me senti forcado, foi lá que mais carinho e reconhecimento do público senti, foi lá que mais feliz fui durante e após as corridas, sinto que é meu dever terminar lá o meu ciclo. 


«E por falar em ciclos que terminam e começam, hoje iniciou-se o ciclo das comemorações dos 60 anos dos Forcados Estudantes de Coimbra, um ciclo em que contamos com a presença de todos, porque todos farão falta. Viver a festa à ‘nossa’ maneira, só faz sentido com a ‘nossa família’ GFAAC ao nosso lado, porque em determinado momento ou determinada altura, nem que seja aquela água que passaram da barreira para a malta, faz falta e faz parte da nossa caminhada enquanto grupo. 


«Por fim, os agradecimentos fi-los hoje, da forma como sinto e acho que devem ser feitos, no seio do grupo, como sempre resolvemos os nossos diferendos ou sempre festejámos as nossas conquistas. Porque não há sentimento igual a ver a cara de regozijo e olhar de orgulho dos nossos ‘irmãos’. Mas não podia deixar de agradecer à mulher que me acompanha há 11 anos de vida em comum, porque para estar presente, para viver o que vivi no Grupo, para pensar o tempo em que pensei no Grupo diariamente, muitas vezes abdiquei de estar com ela e de viver coisas com ela, mas não me apanha nessa, não deixei de pensar nela! A minha mulher Ana Carolina Martins.  


«Com a certeza que hoje foi mais um grande dia dos ‘gajos’ da Jaqueta Azul, venha a temporada 2024!


«Assim me subscrevo:


Jaime Serra (o nome de minha mãe, que muito golpe me aparou à custa dos forcados, mas mãe perdoa sempre) Cortesão


«Ps: não me despedi a ajudar, peguei à primeira tentativa o meu toiro. E não me sujei…».


Fotos Jorge H. Sampaio/Arquivo Jaime Cortesão e Simão Brites Photo


Com o cabo Ricardo Marques. Em baixo, a
sequência da pega derradeira



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