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Alcochete, praça à cunha: Corrida «Farpas» voltou em cheio! E o Santiago fez a sua estreia!


A estreia do Santiago foi, para mim, um dos maiores êxitos
da triunfal Corrida «Farpas» que ontem regressou em cheio!

Miguel Alvarenga – Quando o nosso empenho, dando o melhor de nós nas tarefas a que nos propomos, tem a ver sobretudo com entrega, com sentimento e com paixão, também com rigor na organização, os resultados têm obrigatoriamente que ser positivos.

Demos o nosso melhor na projecção e na promoção da Corrida «Farpas», que ontem regressou em força (e em grande!) ao calendário taurino nacional, depois de treze anos sem se realizar. A Margarida e o António José Cardoso (empresa Toiros & Tauromaquia, herdeiros e seguidores da obra, histórica e grande, de seu saudoso Pai, o meu querido Amigo «Nené») deram o seu melhor na primorosa e cuidada organização de tudo. 

E, quando assim é, o resultado não pode ser outro: a corrida foi um sucesso que excedeu todas as expectativas, à saída as pessoas davam-me os parabéns e exaltavam a satisfação com que saiam da praça; cavaleiros, forcados, bandarilheiros e ganadeiro foram triunfadores de uma noite com um ambiente à antiga e praça a rebentar pelas costuras, uma enchente «quase idêntica à do Papa!», a roçar (por pouco) a lotação esgotada. Melhor era impossível.

Um único senão: levei uma hora e meia a atravessar a Ponte Vasco da Gama, nunca tal me acontecera, estava a ver que não chegava a horas à praça… Três acidentes estúpidos, carros enfiados uns nos outros, a estupidez usual do condutor nacional e a ponte toda parada, pese embora o facto de os acidentes (aparentemente e felizmente sem feridos) ocuparem apenas e só uma faixa (quando existem três e as outras duas podiam rodar na perfeição…). Dizia a minha filha que a ponte estava aquela loucura porque era tudo gente para ir à Corrida «Farpas»… e até podia ser, a praça estava à cunha!

Tive a felicidade de ter a meu lado os meus filhos Maria Ana e Guilherme, o meu genro Bruno, a minha nora Filipa, a Fatucha, minha Mulher – e, pela primeira vez numa praça de toiros (foi a estreia, quase a completar os cinco anos), o meu neto Santiago. Que no fim disse que adorou e que «ficou fã de touradas». A princípio perguntou porque é que os toiros estavam enfeitados com confetis (referia-se às bandarilhas)… depois, vibrou com os cavaleiros, até atirou a camisola (amarela, mas dessas superstições dos toureiros não lhe tinha falado…) ao Pablo Hermoso – e adorou os forcados. Vai voltar.

Muitas caras conhecidas marcaram presença. Tive a honra de ter a meu lado (não tão propriamente como queria, porque não se arranjou para ele uma senha de trincheira) o meu amigo Francisco Macedo, actual presidente da Associação Nacional de Grupos de Forcados (ANGF), associação esta (não esta concretamente, a outra…) que (já esqueci…) na última corrida do «Farpas», há treze anos, nos vetara (já esqueci, repito). E tive também a honra de não ter tido a meu lado quem não fazia falta lá estar. Não me refiro concretamente a ninguém, garanto-vos. Não façam estórias…

Antes da corrida começar, um amigo nosso, amigo da onça pelos vistos, por sinal apoderado de uma figura rival de uma das que ontem integrava o nosso cartel, telefonou (de Espanha) para um amigo meu a comentar (pasme-se!) que a praça estava vazia, que lhe tinham mandado um video em que se via as bancadas sem público, video esse feito muito antes da hora de início da corrida, quando as bancada ainda não estavam cheias, congratulando-se ele com isso, todo contentinho da Silva, a pensar que a figura (Figurão!) da nossa corrida não tinha enchido a praça…

O nosso amigo riu-se, fez um video da praça cheia e mandou ao amiguinhos espanhol. Que pôde assim constatar que a Corrida «Farpas» estava cheia – e mais que cheia. Este parêntesis para referir apenas, lamentando, a maldade que grassa neste tão estúpido mundo dos toiros… só vivem bem com a desgraça dos outros. Mas ontem não houve, felizmente, desgraça nenhuma em Alcochete. Pelo contrário. Tivemos uma praça a rebentar pelas costuras, a roçar a lotação esgotada, a demonstrar a força do «Farpas», a força da empresa Toiros & Tauromaquia, a força de todos os artistas que integraram este magnífico cartaz. A força, sobretudo, do maior rejoneador espanhol de sempre, de todos os tempos, ainda e sempre a figura mais acarinhada e mais respeitada pelo público português – Pablo Hermoso de Mendoza.

Não esperem hoje de mim uma crónica detalhada e pormenorizada. Não vou ser juiz em causa própria – nem devo sê-lo.

Referirei apenas que foi uma excelente noite de toiros – mais uma das que ficam para marcar esta temporada.

Os toiros da emblemática ganadaria António Charrua transmitiram, sendo-o ligeiramente, não são propriamente Murubes daqueles que quase, e por pouco, dão beijinhos aos cavalos, pelo contrário, esta ganadaria tem raça, tem nobreza, os toiros têm teclas, metem mudanças, dão alguma emoção ao espectáculo; tinham trapio e bonita apresentação, tinham mobilidade, não fizeram mal aos forcados, foram nobres e proporcionaram a todos um grande espectáculo. Destaque para os três primeiros, talvez algo mais complicados os da segunda parte. Mas os cavaleiros estavam dispostos ao triunfo, entregaram-se, foi uma noite em cheio. Faltou, talvez, o reconhecimento da direcção de corrida ao ganadeiro. Gustavo Charrua merecia ter ido à praça. Já vimos ganadeiros aplaudidos na arena por muito menos…

Luis Rouxinol protagonizou duas lides em plano de enorme maestria, melhor era impossível, é um Toureiro e pêras, está cada vez melhor e dá a cara sempre como se fosse esta a primeira vez; Pablo Hermoso de Mendoza levou o público ao rubro com a sua arte (e a dos seus fantásticos cavalos), com a sua classe, com a sua diferença, destacando-se mais na primeira actuação, tendo depois um toiro menos confortável na segunda, a que deu a volta, porque é Mestre e continua a ser único; e António Prates foi ontem um triunfador absoluto com uma lide magistral no seu primeiro toiro, pormenores de bonita brega, ladeios ousados e remates de imensa arte, aproveitando com todas as ganas esta tão importante oportunidade de estar ali numa corrida como a do «Farpas» e ao lado de dois «monstros» do toureio a cavalo. Foi, provavelmente, das melhores vezes que o vimos – reafirmando tudo aquilo que apontou nos primeiros anos e que sempre lhe reconhecemos. Prates não chegou aqui para ser só mais um.

António deu ontem um importantíssimo salto (não apenas um passo) em frente, consagrando-se entre os primeiros guerreiros do pelotão equestre nacional.

Nota alta para os valorosos e consagrados bandarilheiros dos três cavaleiros: Manuel dos Santos «Becas» e João Bretes (Rouxinol), José Franco «Grenho» e Ricardo Raimundo (Pablo Hermoso) e Nuno Oliveira e Pedro Noronha (Prates).

Muito bem, sem problemas de maior, os forcados. Os Charruas foram pelo seu caminho, com nobreza, sem maldade, sem derrotar. Pegas vistosas dos Amadores de Évora (o cabo José Maria Caeiro, João Cristovão e Gonçalo Pires, os três ao primeiro intento) e dos Amadores de Alcochete (Afonso Matos à primeira, João Maria Pinto e Pedro Dias, ambos ao segundo intento) – já a seguir, vou mostrar as sequências das seis pegas.

Ricardo Dias (assessorado pelo médico veterinário Jorge Moreira da Silva) foi ontem o director de corrida, assumindo a função com competência e rigor, havendo apenas a apontar-lhe o atraso com que concedeu música a Pablo Hermoso, até parecia que a denotar alguma embirração pelo navarro… não acredito, mas… que as há, há… (as bruxas… e as embirrações, também).

E termino daqui abraçando a Margarida e o António José, também a Paula, manifestando-lhes a minha satisfação e o meu público agradecimento pela forma fantástica com que abraçaram esta organização e me convenceram finalmente a trazer de volta a Corrida «Farpas». Vamos já começar a trabalhar na do ano que vem? Acho que sim, mas depois falamos!

Ao público, aos aficionados, aos amigos que ontem encheram a praça de toiros de Alcochete e proporcionaram aquele ambiente e aquela moldura únicos, o meu grande bem haja.

Obrigado ao Luis Rouxinol, ao António Prates, ao Pedro Dias, o valente forcado de Alcochete que fez a sexta pega (e ao cabo Nuno Santana) pelos simpáticos brindes que me fizeram – e que a minha filha Maria Ana retratou (fotos em baixo).

Obrigado, Paco Duarte, meu irmão, por mais uma vez e sempre termos ido (e voltado!) juntos.

Ao Santiago, adorei que tivesse vindo pela primeira vez aos toiros. Um beijo, meu amor!

Fotos Maria Ana Alvarenga e M. Alvarenga


Luis Rouxinol, António Prates e o forcado Pedro Dias
(Amadores de Alcochete) tiveram a amabilidade de me
brindar ontem no regresso da Corrida «Farpas». Obrigado
aos três!

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