Desde que foi conhecida no final da semana passada a decisão do Tribunal Administrativo e Fiscal de Lisboa de aceitar a providência cautelar interposta pelo empresário António Nunes (foto de cima) que suspende o despacho do ano passado do inspector-geral da IGAC – que visava, sobretudo, decretar a menor presença de pessoas nas trincheiras das praças -, a caixa de correio do empresário foi inundada de mensagens enviadas por toureiros e também empresários a felicitá-lo pelo sucesso desta acção judicial que voltou a permitir a entrega de quatro senhas de trincheira a cada artista interveniente na corrida e também o regresso dos repórteres fotográficos às trincheiras, onde na maior parte das praças estavam, desde a última temporada, impedidos de exercer a sua função.
Toureiros e empresários felicitaram Nunes e os seus advogados da sociedade Camacho-Nunes por terem feito aquilo que não fizeram as muitas associações tauromáquicas e foram várias as mensagens enviadas ao empresário a reconhecer que «é pena não haver na Festa mais homens como ele».
Dos fotógrafos, que nas últimas corridas já puderam exercer a sua actividade nas trincheiras, nem uma palavra…
«Não houve um único fotógrafo que se dignasse fazer-me um simples telefonema ou enviar-me uma mensagem a agradecer o empenho que tive para lhes devolver o direito de fotografarem nas trincheiras das praças de toiros. Custa-me constatar a ingratidão deles. Temos bons fotógrafos, mas também temos muitos que se passeiam pela trincheira para presumirem, sem trabalharem especificamente para nenhum orgão de comunicação social, apenas para encherem os seus sites de cromos com o objectivo de os vender aos artistas… Esses, deviam pagar para estar ali. Nem um se dignou dizer-me uma única palavra. Pobres e mal agradecidos…» – lamenta, inconformado, o empresário António Nunes.
É o que temos…
Fotos M. Alvarenga e D.R.
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