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Lourenço Luzio: um Senhor que vai fazer falta à Festa

Miguel Alvarenga – É assim, como ele está nas duas fotos de cima, que vou sempre recordar o Lourenço Luzio. Porque ele era isto mesmo. Aquele bom ar, aquela educação, aquele olhar franco, aquele sorriso meigo.

Morreu hoje, tinha 71 anos, faria 72 no próximo dia 1 de Maio. Nasceu em 1953. E cedo, ainda novo, lhe veio a aficion e o entusiasmo pelos toiros. Porquê não sei, não sei muita coisa dele, tive a honra e o orgulho de o ter como meu Amigo, sempre delicado, sempre com aquela cortesia quase britânica, meio fidalga. Mas nunca lhe fiz muitas perguntas sobre a sua história. Podia ter-lhe feito uma entrevista, penso agora.

Era um homem divertido, conhecedor e grande entusiasta do meio tauromáquico e da sua cultura, ao ponto de ter deixado essa obra fantástica que é a Tertúlia «Velha Guarda», na sua Azambuja tão querida, onde recebia os amigos – convidou-me milhares de vezes e eu acabei por nunca lá ir…

Com apenas 14 anos, em Outubro de 1967, estreou-se como toureiro a pé numa das primeiras praças de toiros que existiram em Azambuja, a Monumental «Caixote». Dizem que tinha jeito e intuição, que toureava bem a pé. Mas acabou por ser nos forcados que escreveu história, no seu Grupo de Amadores de Azambuja, onde militou durante 18 temporadas, nos «anos de ouro», como dizia, de 60 e 70, anos de imenso entusiasmo e histórias únicas – que gostava de contar, sem vaidade, antes com orgulho.

Era um defensor acérrimo da tauromaquia e dos seus intervenientes, mas era sobretudo um grande fã do toureio a pé. E estava em Espanha sempre que podia.

Foi, mais tarde, um competente e rigoroso director de corridas. Granjeou simpatias e conquistou o respeito e a admiração dos artistas e dos aficionados. 

A morte prematura de sua Mulher, ainda nova, que conheci, deitou-o abaixo, mas levantou-se, sem nunca a esquecer, pôs-se outra vez de pé, com o apoio dos dois filhos, a Maria José e o Sebastião, com o apoio dos amigos. No final da vida, teve a seu lado uma companheira que foi um apoio notável e de uma dedicação extrema – é preciso dizê-lo.

Nas duas fotos de cima, a primeira nos tempos da pandemia, o Lourenço aparece comigo e com o Carlos Pimentel, o eterno novilheiro de Azambuja – com o qual toureou em 1967 na tal estreia como espada, e também com Manuel Tavares e a célebre Ana Maria; na segunda foto está com o Luis Miguel Pombeiro, empresário da praça de Azambuja, que no dia 8 de Outubro do ano passado teve o bonito gesto de homenagear o nosso querido Lourenço, já bastante debilitado, naquela que foi uma das últimas corridas da temporada. As homenagens devem ser feitas com as pessoas vivas – e Pombeiro fê-lo. O Lourenço ficou grato, mas todos percebemos que ele sabia que era a última.

O Lourenço foi um Pai extremoso, um Avô adorável. Um marido exemplar. Um amigo dos de verdade. Normalmente, quando uma pessoa morre, todos usam o lugar comum de dizer e escrever que era muito bom. Mas há os que o eram mesmo. O Lourenço era muito bom.

Esteve consciente até ao fim. E sabia que o fim não tardava.

O telefonema que hoje me fez o nosso comum amigo José Luis Gomes já eu esperava há algum tempo. Todos sabíamos, infelizmente, que esta era a crónica de uma morte anunciada. Caíu-me uma lágrima. Ou mais. De saudade. De amizade. E de respeito por um Homem, por um Senhor, que eu sei que vai fazer falta à nossa Festa. Que era dele. Que ele amava. 

É uma merda, a vida. 

Descansa em paz, Lourenço.

Fotos M. Alvarenga 

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