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Meia tourada em Arruda…

Miguel Alvarenga – A quase centenária praça de toiros de Arruda dos Vinhos (inaugurada em 1925) é uma das muitas praças nacionais dos tempos da Pré-História, mas mesmo assim costuma albergar, como nestes dias aconteceu, centenas de aficionados por esta altura do ano, nas duas corridas das festas locais. 

Qualquer outro tipo de espectáculo (concertos, cinemas, outros eventos musicais) realizam-se em recintos modernizados, com cadeiras, não em catacumbas como estas praças de toiros que mais parecem cenários dos filmes dos Flinstones. Mesmo assim, dizia eu, o público vai às incómodas praças ver touradas, como se o tempo não tivesse parado e tudo tivesse já evoluído. Temos, nos toiros, o melhor de todos os públicos.

A praça de Arruda não tem cavalariças, ou se as tem (posso estar enganado), devem caber lá dois ou três cavalinhos. Enquanto os toureiros actuam, estão cá fora, à porta, os seus empregados com os cavalos agarrados pelas trelas, crianças a passarem atrás, sujeitas a um incidente que pode acontecer a qualquer momento. Regime de balbúrdia.

Não dei pela existência de casas de banho na praça. Vem-se à rua quando se tem um aperto. Tem lá fora WC’s portáteis… 

A iluminação da praça é péssima. Deve ser ainda de 1925, quando a inauguraram. Péssima para quem paga o bilhete e assiste quase que «à luz da vela». Pior para quem fotografa.

Em suma, resumindo e concluindo, ir a uma tourada em Arruda é um sacrifício dos antigos. Fui, pelo Luis Miguel Pombeiro. Pela sua persistência em manter de pé antigos baluartes que fizerem história na nossa Festa. Ele é teimoso. E é dinâmico. Organizou uma Feira do Toureio a Cavalo com dois cartéis bem rematados, atractivos e que nas duas noites levaram gente às bancadas (incómodas, repito) da praça de Arruda.

Vi três toiros – chegou e sobrou. Como eu entendo os turistas que vão às touradas e saem ao terceiro toiro. As nossas touradas são cada vez mais uma seca e cada vez mais do mesmo, sempre tudo igual.

Ontem lidavam-se toiros da ganadaria São Marcos. Os três que vi, de apresentação irrepreensível e comportamento aceitável. A dar sinais de que ir ser bom o primeiro, não fosse o absurdo de capotazos que lhe deram os bandarilheiros de João Moura Caetano, prejudicando altamente o desempenho do cavaleiro, a cumprir temporada de sucesso e que, apesar de tudo, teve uma lide notável, primando pelo temple e pela classe com que faz parecer fácil o difícil.

O mexicano Emiliano Gamero fez, no segundo toiro da noite (bom, de nota alta), o seu espectáculo. É um actor fantástico. Mas há que ter em conta e reconhecer que é, também, um bom toureiro. Deu o costumeiro show, chegou com força ao público, mas não esqueçamos que esteve bem a tourear, a cravar, teve pelo menos dois curtos (as fotos estão aqui e mostram isso claramente) de nota altíssima. Diferente, a marcar a diferença e, felizmente, um ano mais a arejar e a animar os cartéis nacionais, trazendo alegria à rotineira pasmaceira em que, salvo raríssimas excepções, decorrem as nossas touradas.

Miguel Moura vive um momento alto, está naquela que é a sua temporada e a temporada da sua consagração. Com o terceiro toiro da noite, de boa nota e investidas emotivas, pôs tudo de si numa lide perfeita em que se destacou na brega e nos detalhes artísticos da arte mourista. Uma excelente e triunfal actuação de Miguel Moura.

Na segunda parte, a que não assisti, li que Caetano voltou a estar muito bem, mas os bandarilheiros voltaram e exagerar nas suas presenças em praça; que Gamero deu mais um show; e que Miguel Moura teve azar com o toiro, mansote, reservado e sem opções.

Nota alta para o sempre artista João Pedro Silva «Açoriano», bandarilheiro que ontem integrou a quadrilha do rejoneador mexicano, e, sobretudo, para a quadrilha de Miguel Moura – Nuno Silva «Rubio» e Jorge Alegrias a bregarem para o toureiro, como deve ser, não para inglês ver…

Nesta corrida festejava o 15º aniversário da sua fundação o esforçado Grupo de Forcados Amadores de Arruda dos Vinhos – que fez questão de se encerrar com os seis toiros. Má ideia…

O grupo tem muito boa vontade, tem bons forcados – um deles, Pedro Sabino, despediu-se ontem e vai fazer falta -, mas não tem ajudas, nem estaleca/preparação para um desafio deste calibre, com seis toiros desta potência.

Pouco convicto, foi para a car do primeiro toiro o cabo Rodolfo Costa, que é um excelente e valoroso forcado, mas logo ontem não esteve nos seus dias. Nunca reuniu bem, fechou-se mal e não teve ajudas. Pegou à terceira, a sesgo e com os ajudas mesmo em cima.

Edgar Simões primou pela classe com que citou, recuando bem, fechando-se com decisão, mas também sempre mal ajudado pelos companheiros. Consumou à quarta tentativa a segunda pega da noite, a sesgo e com os ajudas todos em cima.

A terceira pega foi executada por Rodrigo Gonçalves ao segundo intento, com as ajudas carregadas também.

Na segunda parte, a que já não assisti, pegaram Pedro Sabino (à segunda, que se despediu), João Costa (à quarta) e Nuno Aniceto (na única pega consumada à primeira tentativa).

João Cantinho dirigiu com algum desacerto, concedendo música nas lides por dá cá aquela palha, autorizando voltas à arena a forcados que as não mereciam e que tiveram a dignidade de as não dar. Esteve o director de corrida assessorado pelo médico veterinário Jorge Moreira da Silva.

Ao início (a corrida começou com um ligeiro atraso, pelo habitual atraso do atrasado publico português…) o speaker António Lúcio fez-nos saber que estavam a assistir à corrida o presidente da Câmara e o Padre Melícias. Muito bem.

Fotos M. Alvarenga


A classe e o temple de Moura Caetano no primeiro toiro da noite


Bom toureio e grande show: Gamero marca a diferença!


Miguel ou a arte sublime do toureio mourista

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