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Moura e Rouxinol: o triunfos das históricas dinastias em noite branca no Montijo

Miguel Alvarenga – Numa temporada em que se vão repetir as homenagens pela celebração dos seus 45 anos de alternativa e de glória maior na História do toureio a cavalo a nível mundial, a aficion do Montijo, arena de triunfos mil, uma das praças talismã do Maestro, rendeu ontem o seu sentido e emotivo tributo a João Moura numa noite em que ele e o filho João Jr. repartiam cartel com outra dinastia marcante da nossa Festa, a dos Rouxinóis, Luis pai e Luis Júnior.

Os ingredientes, a que havia a juntar o regresso à Monumental do Montijo dos toiros brancos de Canas Vigouroux, mais correctamente denominados jaboneros, estavam lançados pela dinâmica empresa Tertúlia Óbvia para uma grande e emotiva noite de toiros, mas sobretudo para uma enchente de público – naquele que é considerado o ano das praças cheias. 

A primeira previsão concretizou-se – foi mesmo uma grande e marcante noite de toiros. A segunda, já nem tanto: a praça registou uma entrada de meia casa forte; com boa vontade, a rondar os dois terços.

As praças têm estado cheias, sucedem-se as lotações esgotadas ou quase, esta tem sido uma temporada fantástica no que respeita à acorrência de público às praças, mas a realidade é que começam a realizar-se muitas corridas em cima umas das outras e os cartéis, ainda por cima, são todos muito parecidos… Adiante.

Em primeiro lugar, referência ao magnífico curro de toiros brancos de Canas Vigouroux – bonito, bem apresentado, com um trapio de se lhe tirar o chapéu. Quase nada a apontar a nenhum dos toiros. Todos a crescerem, a arrancarem-se com emoção e alegria para cavalos e para forcados (nestes, a fazer estragos… ou, pelo menos, a dificultar muito a vida…), evidenciando casta, raça e bravura. Foi, indiscutivelmente, da ganadaria o primeiro grande triunfo da noite. E um dos grandes triunfos toristas desta temporada.

O director de corrida Tiago Tavares podia ter contemplado o ganadeiro com merecidas voltas à arena em vários toiros, nomeadamente no terceiro, no quarto, no quinto e no sexto, mas fê-lo apenas no último, que foi lidado a duo pelos Rouxinóis. Deu volta à arena Maria Canas Vigouroux, filha de Pedro C. Vigouroux, o ganadeiro triunfador.

João Moura foi homenageado ao início da sua actuação com bonitas palavras de José Cáceres e as intervenções na arena dos presidentes das Câmaras do Montijo, Nuno Canta e de Monforte, Gonçalo Lagem. Foi ainda presenteado com lembranças pelos cabos dos grupos de forcados, pelo seu antigo bandarilheiro Luis Peixinho (igualmente homenageado ao intervalo, por também comemorar nesta temporada 45 anos de alternativa) e pelos empresários José Luis Zambujeira e João Anão.

O primeiro toiro era bonito, exigente, a transmitir. João Moura fez jus à sua maestria numa lide com princípio, meio e fim pautada pela extraordinária brega, pelos ladeios, pelos ferros cravados em sortes frontais, à maneira antiga, a lembrar o Niño Moura dos primeiros anos. O público esteve com o Maestro, não lhe regateando calorosas ovações, reagindo com entusiasmo ao labor brilhante de quem sabe e nunca esquece. 

Luis Rouxinol (que brindou a Moura), com outro toiro a pedir contas, a dar emoção e a transmitir, esteve verdadeiramente imponente, ao seu melhor e mais apreciado estilo, pondo a carne no assador e pisando terrenos de grande compromisso quando o oponente quis desistir da luta e procurou o refúgio em tábuas. Luis foi para cima do toiro, arriscou, arrimou-se, trouxe entusiasmo às bancadas. Lide de muito nível, que terminou com a marca da casa, o sempre arrojado par de bandarilhas e ainda um palmito de grande efeito.

João Moura Júnior recebeu o terceiro toiro branco da noite dobrando-se com a arte que o faz diferente, dando verdadeiros capotazos com a garupa do cavalo, colocando o oponente para depois deixar ferros da sua marca, numa lide magistral que marcou a diferença. Muitos são, de facto, muito bons, mas nenhum é melhor que João Moura Júnior, líder incontestado do toureio actual. E fica assim tudo dito.

Luis Rouxinol Júnior é um caso – e continua em frente, com a força e a raça que fizeram dele um toureiro raro e de muito rápida consagração na linha da frente. Está – há já alguns anos que está – num momento alto, sempre a dar a cara, sempre a arrepiar com sortes impróprias para cardíacos. Recebeu o toiro – bravo, de nota altíssima – à porta dos currais, aguentando uma violenta e emotiva carga de duas voltas à arena, como se nada se passasse. Desenvolveu de seguida uma lide emotiva, onde sobressaiu a brega, não estando muito certeiro na cravagem dos ferros, o que retirou algum brilho à sua majestosa actuação. Rouxinol Jr. brindou a sua lide a três figuras do toureio equestre: a seu pai, a João Moura e a João Salgueiro.

Os últimos dois toiros, também dois brancos de Vigouroux de excelente comportamento, foram lidados a duo, respectivamente, por João Moura e João Moura Jr. e por Luis Rouxinol e Luis Rouxinol Jr., com pais e filhos em perfeita sintonia, sem tempos mortos, nem mornos, antes pelo contrário, em regime de euforia e constante emoção. O público vibrou com as actuações em dueto. 

Os Mouras brindaram a sua actuação a Alfredo Vicente, pai de Luis Rouxinol e aos dois companheiros de cartel; já os Rouxinóis dedicaram a sua lide à equipa da empresa Tertúlia Óbvia: José Luis Zambujeira e João Anão e também a Joel Zambujeira e a Nelson Cigarro.

Bom desempenho de todos os bandarilheiros em praça: aplausos para Josué Salvado e Francisco Marques (de João Moura); Manuel dos Santos «Becas» e João Bretes (Luis Rouxinol); João Ganhão e Benito Moura (Moura Jr.); Ricardo Alves e João Martins (Rouxinol Jr.).

Para as pegas, os toiros não foram fáceis. Tinham teclas, a força de comboios, nalguns casos a vontade de fazer mal. Houve alguma «sopa de corno», mas houve sobretudo honradez, brio e pundonor dos três grupos em praça, que acabaram por levar os seus barcos a bons portos, havendo a registar apenas um elemento do grupo da Tertúlia do Montijo que saíu da arena de maca, mas que não sofreu, felizmente, nenhuma lesão grave.

Já a seguir, vai poder ver as sequências das seis pegas. Pelos Amadores da Tertúlia Tauromáquica do Montijo, grupo mais antigo e que ontem era o anfitrião, pegaram Pedro Tavares ao segundo intento; e João Paulo Marques, na sua primeira tentativa, sem problemas de maior, a dobrar Diogo Filipe, que fora duas vezes à cara do quarto toiro sem conseguir consumar a pega.

Pelos Amadores de Cascais foram caras Afonso Cruz, numa duríssima pega à quarta tentativa, mas mesmo assim com volta à arena autorizada, apesar de o forcado a não ter dado; e o grande Carlos Dias, forcado de méritos consagrados, que fez ao segundo intento a grande pega da noite, com uma ajuda fantástica de Paulo Paulino, que depois o acompanhou na volta à arena.

E pelo Grupo de Monforte pegou o cabo Nuno Toureiro, grande forcado, à segunda tentativa; e Gonçalo Parreira, naquela que foi a única pega da noite concretizada ao primeiro intento.

A corrida foi bem dirigida por Tiago Tavares, que esteve assessorado pelo médico veterinário José Luis da Cruz. Ao início, nas cortesias, guardou-se um minuto de silêncio em memória de Cláudio Pereira, emblemático forcado do Real Grupo de Moura que faleceu recentemente.

Em suma, noite branca (pelos toiros) que foi de glória e celebração dos aniversários das alternativas de João Moura e também de Luis Peixinho, figura do toureio montijense. A homenagem a Peixinho, com o descerramento de uma placa, teve lugar ao intervalo nos corredores da praça, tendo portanto menos visibilidade por parte do público. 

Fotos M. Alvarenga




Triunfo da ganadaria: Maria Canas Vigouroux deu aplaudida
volta à arena no último toiro


Homenagem: Moura não conteve as lágrimas enquanto ouvia
as palavras de José Cáceres


Autarquias de Monforte e Montijo, companheiros e empresários
renderam homenagem ao Maestro Moura pelos 45 anos de glória


Luis Peixinho, histórico bandarilheiro montijense, também foi
homenageado por 45 anos de alternativa


João Moura


Luis Rouxinol


João Moura Jr.


Luis Rouxinol Jr.

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