TELEGRAMA TAURINO
Una injusticia que debe resolverse en otras ediciones: los sucesos de Beneficencia e In Memoriam se quedan fuera de los premios de San IsidroEl Fandi anuncia a su nueva ganadería en la Monumental de FrascueloCastilla-La Mancha Media anuncia más de 10 corridas y novilladas en directo en los próximos díasDiego Ventura: la máxima figura como aliciente del cartel a caballo de este sábado en LeónTrillo, una Feria clave en el calendario taurinoBernard Marsella: «Ha sido una feria rotunda, con un gran éxito artístico; estoy cansado, pero muy feliz»‘Bombazo’ final en À Punt: las corridas de toros vuelven a la televisión pública valenciana con un cartel de lujoLa Corrida del Corpus y el ambientazo previo que vive ToledoGranada cuenta las horas para su Feria del Corpus: variedad, alicientes y máximas figuras en un compacto abonoBadajoz lanza una promoción especial 3×2 en entradas para la Feria de San JuanRafael Ayuso prepara una feria con vitola en Navas del MarquésOcho años sin el León de OrduñaCanal Sur ‘da más’ y anuncia otro acontecimiento con Victorino tras su histórica tarde en Las VentasCarlos Zúñiga, cuatro años más al frente de El PuertoEl tremendo alegato de Borja Jiménez: «Hay que decir que sí a torear con todos los toreros que triunfan en plaza de primera; sé lo que se sufre»Carlos Zúñiga, cuatro años más al frente de El PuertoTelemadrid bate récords con la Feria de San Isidro 2025Galería de Fernando Moreno… Salió a hombros Raúl Ibarra en la novillada sin picadores en Xaltocan TlaxcalaHablamos de ganadería y no de tauromaquia.Carta a Victorino Martín Andrés. En esta decadencia terminal, las fieras de la A coronada se despeñan por el festival del toro-artista (y orejero).

Roca Rey ontem em Santarém: ninguém perdeu a cabeça, mas valeu a pena vê-lo, mesmo que o tenhamos visto poucochinho…

Miguel Alvarenga – Não o vimos ontem em Santarém como nuestros hermanos o costumam ver, com toiros de verdade, em praças tão importantes como Madrid, Sevilha, Bilbao, Pamplona e outras mais. Vimo-lo poucochinho e com uns toirinhos menos importantes do que os que costuma enfrentar do lado de lá da fronteira…

Mas vale mais a pena vê-lo, nem que fosse só a atravessar a arena vestido de toureiro, do que não o ver – e por isso valeu a pena termos ido todos (eu e mais 11.437 almas, já que a praça leva exactamente 11.438 espectadores) a Santarém e termos estado presentes naquela que fica marcada como a maior jornada tauromáquica desta temporada de 2024 e provavelmente uma das mais importantes dos últimos anos.

Não é todos os dias que a maior praça de toiros do país esgota a sua lotação e, para mais, com 48 horas de antecedência. A última vez que isso aconteceu foi há onze anos, vejam bem. E se ontem esgotou, a Roca Rey o devemos. Ao seu nome, à sua força de bilheteira. Mas também ao fantástico trabalho levado a cabo pelos dinâmicos aficionados, quase todos antigos forcados, que integram a Associação «Sector 9» e há já alguns anos recuperaram e gerem com brilhantismo esta emblemática Monumental de Santarém, que foi inaugurada há precisamente 60 anos, efeméride que nestes dias se comemorou.

Andrés Roca Rey toureou dois toiros da ganadaria espanhola de Álvaro Nuñez, que pasta em terras de Portugal, ali mesmo ao lado da vila alentejana de Cuba (Beja). 

O primeiro, como já aqui se referiu, tinha cara, tinha apresentação e trapio aceitáveis e até estava pouco afeitado. Foi um toiro com presença e que não destoou muito (o receio era que isso acontecesse), em trapio e em presença, dos magníficos toiros de Murteira Grave lidados pelos cavaleiros.

Roca Rey deu a cara, esteve toureiro, deu um arzinho da sua muita graça. O público entregou-se, entusiasmou-se, ouviram-se gritos de «olé» (vindos, sobretudo, do burladero em que assistia o ganadero), mas não houve propriamente um grande delírio. 

Roca Rey toureou pela primeira vez em Portugal no início dos anos 80, era ainda novilheiro praticante, num, encontro internacional de escolas de toureio que teve lugar na praça do Campo Pequeno. Sofreu uma aparatosa colhida, felizmente sem consequências de maior. Voltou uns anos depois e toureou em Salvaterra (sem encher a praça) e depois no Campo Pequeno (onde esteve apagado e o triunfador foi Padilla). Passaram uns bons anos, o toureiro amadureceu, fez-se figura, ontem foi a primeira vez que Roca Rey esteve em melhor plano no nosso país. No plano de triunfador, pelo menos, pela proeza de, com a força do seu nome, ter esgotado a Monumental de Santarém.

O último toiro, da mesma ganadaria, era pequenote, sem apresentação nem trapio, com cem quilos a menos que o toiro anterior de Murteira Grave, o que deu demasiado nas vistas, ainda por cima numa arena enorme, com as exageradas dimensões desta de Santarém. Houve alguns protestos e assobios quando o toirinho entrou em cena, mas depois as pessoas acalmaram e não houve propriamente uma gritaria contra a falta de presença do animal. 

O público que ontem estava em Santarém estava ali, como já escrevi, para enaltecer e aclamar a Tauromaquia e para se divertir, tanto se lhe deu, como se lhe dava, se o toiro era pequeno ou grande, queria era divertir-se, poder dizer daqui a uns anos: «eu vi o Roca Rey em Santarém!».

Além da pequenez e da escassez de força, ainda deu uma cambalhota na arena, o que o diminui ainda mais. O toirito negro retirou toda e qualquer importância à entrega e ao labor de Roca Rey. Que nem brindou a faena a ninguém (a primeira brindara-a ao público, que muito o ovacionou) e ali andou, esforçado, mas com a convicção de que não se ia passar nada. E não se passou realmente nada.

Roca Rey foi agraciado na arena, ao início da corrida, pelos membros da Associação «Sector 9», com uma lembrança alusiva a esta sua primeira vinda à arena de Santarém (foto em baixo).

O matador peruano esteve acompanhado pelos bandarilheiros da sua quadrilha, como ontem se referiu, os espanhóis Paquito Algaba, Francisco Durán Viruta e António Punta, que, ao contrário de outros subalternos espanhóis que nos visitam, estiveram enormes a bandarilhar (dois pares nas fotos de baixo). No primeiro toiro, actuou também no tércio de bandarilhas para tomar a alternativa, o português Duarte Silva, que esteve simplesmente magistral.

Ficam as imagens desta passagem de Roca Rey pela Monumental de Santarém. Não esteve mal, mas também não enlouqueceu ninguém. Esteve lá, apenas isso. E isso já foi muito importante.

A seguir, não perca os melhores momentos de João Moura Jr. e de João Ribeiro Telles.

Fotos M. Alvarenga

Leer máshttp://farpasblogue.blogspot.com/

By

Deja una respuesta

Tu dirección de correo electrónico no será publicada. Los campos obligatorios están marcados con *

Related Posts

No widgets found. Go to Widget page and add the widget in Offcanvas Sidebar Widget Area.