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Santarém: Moura Jr., o toiro «Madragoa» e um fado de apoteose!

Miguel Alvarenga – 45 anos passados sobre o arranque da Revolução Mourista que virou por completo a arte de lidar toiros a cavalo, o filho do «Niño Prodígio» fez ontem lembrar na Monumental de Santarém, outra vez cheia até às bandeiras, essa diferença e essa genialidade que foram – e são ainda – apanágios da tauromaquia com que o Maestro João Moura fez História, aperfeiçoando todos os dias a perfeição.

A anos luz do pelotão da frente – onde se encontra, em posição também cimeira, o brilhante e ousado Francisco Palha, que com ele se defrontou ontem num emotivo mano-a-mano de altíssima competição -, João Moura Júnior demonstrou, como sempre o faz, que continua a ser o primeiro e que não há quem o agarre. Sente diferente, toureia diferente, atingiu um patamar difícil de alcançar e que ninguém ainda hoje conseguiu ultrapassar. A história repete-se 45 anos depois!

O primeiro toiro de Murteira Grave tinha chama, tinha pata e tinha boas condições de lide. Moura Jr. agarrou-o do princípio ao fim, foi ele quem mandou e foi ele quem impôs as regras, deixando desde logo antever, desde o primeiro minuto em que o esperou numa emotiva porta gaiola, que não estava ali para perder. Lide brilhante, brega perfeita, ferros de emoção e o público rendeu-se à genialidade mourista.

Ao terceiro da tarde, que se chamava «Madragoa», se calhar em homenagem ao bairro tão fadista de Lisboa, inspirando Moura Jr. a cantar um fado de muito sentimento e alma, foi o génio do toureio a cavalo esperá-lo à porta dos currais e viu-se logo que estava ali um toiro para o êxito, bravo, extraordinário, que João aproveitou da melhor forma realizando a grande lide da tarde, variada, emotiva, com ladeios de arrepiar e ferros em terrenos de compromisso, com artísticos e vistosos remates. Lide brindada a seu pai, que o público aplaudiu com força e reconhecimento. Terminou em beleza com duas «mourinas» que levantaram a praça. À partida, estava ali eleito o triunfador da corrida. Não era fácil, nem foi, superar aquilo a que tinha os acabado de assistir. Mas havia que esperar pelo sempre inesperado Francisco Palha – com o qual tudo pode sempre acontecer!

No quinto toiro da corrida, mais reservado, já praticamente com o triunfo na mão, João Moura Jr. voltou a não dormir na fila e protagonizou uma lide de muita entrega, arrimando-se, provando que não há toiros piores quando o toureiro é excelente. De novo uma porta gaiola, de novo uma lide «à Moura», com o público rendido, de pé, a aplaudir outra actuação empolgante.

No fim, com todo o merecimento e sem discussão possível, João Moura Júnior foi proclamado pela Associação Sector 9 como o grande triunfador do mano-a-mano que abriu a temporada em Santarém e será ele o terceiro cavaleiro da Corrida da CAP, a 3 de Junho, ao lado de Rui Fernandes e João Ribeiro Telles. Vamos ter na «Celestino Graça» mais uma tarde de grande competição, daquelas que, como a de ontem, fazem aficionados – e de novo com praça cheia!

O memorável triunfo de Moura Jr., há que o reconhecer e escrever em abono da verdade, em nada diminuiu o seu competidor Francisco Palha – que saíu deste confronto de cabeça erguida -, antes pelo contrário, deu-lhe categoria e conservou-lhe o lugar de destaque, entre os de cima, que ocupa há vários anos.

Faltou a Palhinha um toiro como o terceiro da tarde, mas sobrou ao valoroso cavaleiro a arte, o aprumo e a ousadia que o caracterizam e que todos lhe reconhecem.

O seu primeiro toiro serviu, mas Francisco esteve uns furos abaixo do seu melhor, sobretudo na cravagem dos ferros, bem preparados, mas que resultaram, alguns, a cilhas passadas. O director de corrida concedeu-lhe música já só no final da lide. Palha terminou em crescendo, mas sem romper em absoluto.

O quarto Grave era um toiro reservado e mansote, de investidas pouco francas e tardias e que procurou o refúgio nas tábuas. Francisco Palha puxou dos seus galões e, com o habitual atrevimento, deu a volta às dificuldades do oponente, bregando e colocando-o praticamente sem a ajuda da quadrilha, acabando por levar o barco – e o triunfo – a bom porto, com ferros de muita verdade e emoção, entrando pelo toiro dentro com a entrega e o profissionalismo de sempre, assustando. Lide triunfal.

O último também não foi um toiro fácil e Francisco Palha voltou a ter que pôr a carne no assador, provocando as investidas com temerárias entradas de frente, a pisar o risco da verdade, a mostrar todo o seu muito valor e toda a sua experiente arte de bom lidador. Deu aplaudidas voltas nos seus três toiros, recebeu os três com atitude em sortes de porta gaiola, não passou em Santarém «por baixo», nada disso. Volta a confrontar-se agora com Moura Jr. no próximo dia 2 de Abril em Almeirim – onde esperamos que tenha mais sorte com o toiro.

Intervindo sem excessos, recebendo e bregando bem os toiros, colocando-os para os forcados com alguma trabalho e muita arte, há que aplaudir as quadrilhas dos cavaleiros e louvar as actuações dos valorosos bandarilheiros João Ganhão, Benito Moura, João Oliveira, Diogo Malafaia, Ricardo Alves, Jorge Alegrias e do praticante Mariano dos Santos.

Os Graves impuseram a costumeira seriedade, não facilitaram em nada, pelo contrário, tentaram sempre complicar tudo. São toiros com um sentido tremendo, todos tinham apresentação e trapio irrepreensíveis, foram toiros para homens de barba rija, trouxeram, como sempre, verdade e emoção à corrida. Joaquim Grave saíu também triunfador pelo bravo e extraordinário terceiro toiro da corrida, que, como já em cima referi, tinha o nome «Madragoa» e proporcionou a Moura Júnior cantar um fado de enorme sentimento. E de inesquecível triunfo.

Sobre os Forcados de Santarém e de Évora, em tarde dura e complicada, já aqui ficou anteriormente tudo dito.

Sobre a direcção de Marco Cardoso, que prima por ser sempre um competente e aficionado director de corrida, há apenas que apontar a condescendência com que permitiu as dez tentativas ao Grupo de Santarém para consumar a pega ao primeiro toiro da tarde, deixando ultrapassar todos os prazos de tempo limite que estão estabelecidos no Regulamento.

Santarém foi ontem, com a praça cheia, palco de uma festa inolvidável que engrandeceu e enalteceu a Tauromaquia. O Grupo em causa era o de Santarém e a praça era a sua. Entendo, sem mais críticas, a condescendência do director de corrida. Se não fosse o consagradíssimo Grupo de Santarém e se não estivéssemos em Santarém, talvez não tivesse acontecido o que ontem aconteceu, talvez tivesse cantado outro galo… Mas não podemos esquecer: ou há moralidade ou comem então todos…

A corrida, como ontem já aqui se referiu, iniciou-se com um respeitoso minuto silêncio em memória do Comendador Rui Nabeiro, tendo a Banda tocado a seguir o Hino Nacional – com o público todo de pé a honrar e a homenagear o grande empresário, que foi também um extraordinário aficionado.

Por fim, renovo os meus Parabéns ao desempenho brilhante da Associação Sector 9, ao imenso esforço e ao permanente trabalho que fizeram, todos os dias e há muitos dias, na promoção da corrida. Os resultados estiveram à vista e, uma vez mais, se confirmou que quando as coisas são bem feitas, o público e os aficionados aderem e respondem à chamada.

Venha Junho! E venha outra vez João Moura Júnior!

Fotos M. Alvarenga

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