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Zafra, ontem: «Juanito» enorme e Talavante «brutal»!

Miguel Alvarenga – Alejandro Talavante esteve mesmo «brutal» ontem em Zafra, indultou o quinto toiro de Álvaro Nuñez (Cuvillo), de nome «Cacareo», ferrado com o nº 1, ao seu primeiro cortara já as duas orelhas e desta forma acabou por dar uma força maior e decisiva à corrida da próxima quinta-feira em Vila Franca de Xira, em que actuará ao lado dos cavaleiros Rui Fernandes e João Telles, bem como dos forcados de Vila Franca e do Aposento da Moita, entrando também no cartel – como o «Farpas» anunciou esta manhã em primeiríssima mão e depois o «Touro e Ouro» veio referir também, como «coisa sua» (?…) sem se dignar citar a fonte, o costume… – o novilheiro praticante Tomás Bastos, que o reforça, sem ser propriamente um substituto do lesionado Morante.

A corrida de ontem em Zafra, sem o calor que se anunciava (corria uma aragem e a temperatura, mesmo quente, não estava insuportável), registou uma belíssima entrada de público, que preencheu quase três quartos da lotação, mais de dois terços pelo menos, com a sombra cheia e o sol algo desfalcado – o que é compreensível -, contando com a presença de muitos portugueses, que continuam a seguir «Juanito» do outro lado da fronteira.

O toureiro de Monforte, único matador de toiros português que anda a dar a cara e a subir degraus em Espanha ao lado dos maiores da actualidade, reafirmou ontem a maturidade que atingiu, confirmando estar, na realidade, num outro campeonato onde, no momento, e há muitos anos, desde Vitor Mendes, não joga nenhum outro matador de toiros lusitano.

A «Juanito» falta agora, apenas e só, ultrapassar de uma vez por todas as raias da Extremadura e entrar em força nas principais praças e nas mais importantes feiras da vizinha Espanha. Não tenho agora dúvidas nenhumas de que isso acontecerá mais tarde ou mais cedo. O comboio apita sempre duas vezes…

Agora, sim, está super-preparado para dar esse salto – como não estava há dois anos quando, com desmedida pressa e sem dar tempo a que rodasse primeira pelas praças de província (como na altura referi e houve quem não gostasse de ler… mas, afinal, vê-se agora que tinha razão!), o quiseram meter à força e precipitadamente na primeira praça do mundo, a de Madrid, em plena Feira de Santo Isidro, a mais importante de todas, não triunfando e atrasando esse vôo para lá das praças da Extremadura. Neste momento, «Juanito» está claramente calejado e placeado para ir mais longe. Perdeu dois anos com a brincadeira de Las Ventas, mas não perdeu o comboio. 

Ontem em Zafra, esteve majestoso na sua primeira actuação, muito bem com o capote, não permitindo que «matassem» o toiro nas varas, realizando depois uma variada e poderosa faena com a muleta (que brindou ao ganadero Álvaro Nuñez), iniciada – com imensa decisão e aplaudida atitude – de joelhos em terra, levando o oponente embebido na sua muleta mágica.

«Juanito» deixou bem patente, se dúvidas ainda houvessem, que está um toureiro posto e amadurecido, agora sim, capaz de ir em frente na viagem dos eleitos rumo à glória, voltando a honrar o nome de Portugal e o dos seus toureiros, como outros o fizeram no passado – Vitor Mendes foi o último que vingou! – além-fronteiras.

Cortou a este terceiro toiro da tarde as duas orelhas e deu à arena uma volta que o público acarinhou com calorosas ovações, assegurando desde logo a sua saída em ombros pela porta grande, honraria que no toiro anterior ficara também assegurada pelo grande Talavante. 

O facto de o empresário Ricardo Levesinho manter desde a véspera conversações com  o seu apoderado Joaquín Domínguez para a possibilidade de «Juanito» vir esta quinta-feira a Vila Franca substituir Morante de la Puebla e actuar ao lado de Alejandro Talavante, ganhou alguma consistência e expectativa depois do triunfo de duas orelhas neste terceiro toiro de ontem em Zafra. Contudo, ao início da noite, Levesinho voltou a contactar Domínguez e «fechou a porta», informando que optara por repetir o novilheiro praticante Tomás Bastos depois do grande sucesso que este obteve em Julho na sua primeira apresentação na «Palha Blanco». Amigos como dantes, mas…

Voltando a Zafra, os toiros de Álvaro Nuñez (Cuvillo) tinham apresentação suficiente para uma praça como esta, mas aqui o suficiente quer dizer que não estavam muito grandes, nem muito gordos… além de que tiveram escassa qualidade. Transmitiram pouco ou quase nada. E nota-se que o público espanhol já não está tanto do lado dos picadores como noutros tempos. Ontem, protestou sonoramente quando houve algum exagero nas varas. E, verdade seja dita, os matadores aliviaram os oponentes nesse tércio, não permitindo exageros e deixando assim que os toiros chegassem ainda com algumas forças à muleta – o que nem sempre acontece depois de os toiros passarem pelas puyas dos picadores, cada vez mais contestados. E com razão, muita razão, digo eu.

O segundo toiro de «Juanito», sexto e último da tarde, foi o pior dos seis. De meias investidas, perigosas e pouco claras, procurou por várias vezes colher o matador, não lhe dando opções de maior triunfo.

«Juanito» esteve mandão e senhor da situação, muito por cima do toiro, voltando a demonstrar a maturidade e o poderio do seu toureio, mas faltou claramente matéria prima para brilhar. Escutou ovação no final e depois saíu em ombros com os companheiros de cartel. Antes, brindara a faena a Carlos Domínguez, filho do empresário e seu apoderado Joaquín Domínguez – que segue os passos do pai e é já reconhecido, também, como um promissor empresário no futuro.

Miguel Ángel Perera já assume nesta altura do campeonato os estatutos de primeira figura e de Maestro, alcançados pelos seus próprios méritos nos anos que já leva de alternativa. A revista «Aplausos» deste mês (já passado) de Setembro dava-lhe honras de capa junto (curiosamente) a Talavante, ambos companheiros do nosso «Juanito» na tarde de ontem, destacando o «subidón» que os dois tiveram na última Feira de Bilbao, de que foram triunfadores maiores.

Perera deixou bem evidente a força e o poderio, também a arte e o temple, da sua muleta e a beleza do seu capote frente aos dois Cuvillos que enfrentou e a que cortou duas orelhas, uma a cada um deles – mas foi mesmo só isso. Mostrou quanto vale – e vale muito. Mas a falta de transmissão dos dois toiros que lhe tocaram, parados, de meias investidas, sem raça nenhuma, tiraram algum sabor e algum brilho ao triunfo do valoroso matador.

Alejandro Talavante, como em cima referi, esteve mesmo «brutal» ontem em Zafra. A primeira fama, ao segundo toiro da corrida, premiada com duas orelhas (e com petição de rabo) foi uma grande faena desenhada com saber e muito gosto, compassada, templada, que a todos encheu as medidas.

No quinto, Talavante esteve superior, toureou a gosto o belíssimo exemplar de Álvaro Nuñez, «mirando o tendido» numa bonita série de «derechazos» que a todos empolgaram. Toureou muito bem, desfrutou com magia e classe da belíssima qualidade do «Cacareo». O público exigiu o indulto do toiro, o presidente da corrida hesitou, Talavante fez por isso, atrasando a entrada «a matar» e o lenço laranja acabou por saltar. O toiro regressou ao campo (não foi, propriamente, um toiro tão bom para merecer tal perdão, noutra praça não teria acontecido, mas…) e o toureiro foi simbolicamente premiado com o rabo e as duas orelhas. O empresário Levesinho esfregou as mãos de contente. O triunfo apoteótico de Talavante veio mesmo a calhar para tapar a falta de Morante na próxima quinta-feira na «Palha Blanco». 

E sairam os três em ombros!

Fotos M. Alvarenga


Reafirmando maturidade e imenso poderio, também confiança
e tranquilidade, «Juanito» este enorme ontem em Zafra

Talavante indultou o quinto toiro e isso não poderia vir a
calhar melhor para dar ainda mais força ao grande cartel de
quinta-feira em Vila Franca de Xira

Miguel Ángel Perera é uma primeira figura e isso ficou ontem
bem patente uma vez mais. Apenas lhe faltaram toiros para
que o triunfo fosse maior

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