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26 abril 2024

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Coisas que eu sei… Isto, não tarda, vai tudo de pantanas!

A crise e os escândalos não são proeza exclusiva do Governo que temos. No mundo da Tauromaquia, avizinham-se tempos muito conturbados. As coisas não estão nada fáceis…

A Associação Portuguesa de Empresários Tauromáquicos pode explodir de um momento para o outro. E a Federação PróToiro tem já mesmo os dias contados… Já há empresas a decretar que não mais descontarão nas corridas para a federação pela «falta de transparência em todos os processos» que utiliza… Isto está bonito…

O empresário António Nunes (foto de cima), sócio da APET, «picado» pela anterior Direcção numa Assembleia-Geral em que foi acusado de «não ter as contas em dia», virou as coisas do avesso e exigiu, via Tribunal, saber das continhas todas da APET e passá-las a pente fino, auditoria que está a ser feita por dois credenciados economistas e um administrador do Tribunal requisitados pela Camacho Nunes-Advogados…

As contas chegaram-lhe até agora «por metade». Faltam documentos que a actual presidência liderada por Paulo Pessoa de Carvalho não há meio de fazer chegar a António Nunes…

Os novos dirigentes da APET iam tendo uma coisinha má quando foram confrontados com algumas realidades no Novo Banco… E por aqui me fico…

Nunes promete ir até ao fim. Pessoa de Carvalho já terá mesmo confidenciado a amigos «estar arrependido» de ter voltado para a presidência da APET… A procissão ainda agora vai no adro…

Ricardo Levesinho, o ex-presidente da APET, está tranquilo, como o referiu recentemente numa entrevista ao «Farpas», e a acompanhar serenamente o desenrolar da situação. Mas pode haver outros sem tantas razões para andar assim tão tranquilos…

Bem mais grave é aquilo que, de um momento para o outro, pode acontecer na PróToiro, a federação que, alegadamente, foi criada para defender e promover a Festa e que, pelos vistos, anda à procura de defender e promover apenas aqueles (empresários) que lhe pagarem anúncios na pouco lida páginazinha que tem na rede social Facebook…

Florindo Ramalho, empresário e sócio da APET e da PróToiro, projecta realizar uma corrida de toiros em praça portátil no próximo dia 1 de Julho em Torres Vedras. Esta semana, foi confrontado com um despacho (em baixo) da Câmara Municipal não autorizando a instalação da praça…

No grupo da APET no WhatsApp, Florindo Ramalho deu esta semana a conhecer o despacho que recebera da autarquia de Torres Vedras e questionou: «Faço uma pergunta: será capaz a PróToiro de resolver esta assunto? E resolver em dois dias? Ou terei que entregar o assunto à Camacho e Nunes?»…

A PróToiro calou-se. Calaram-se todos. E «naquele ambiente mudo», respondeu apenas António Nunes: «A Camacho e Nunes resolve na hora! Não duvides!»… A PróToiro serve para quê?…

Mais grave: a PróToiro recebe dinheiro dos empresários e dos artistas (forcados incluídos… que são amadores) por corrida. Cerca de mil euros. Façamos as contas às corridas que se realizam por ano e aos milhões de euros que a PróToiro arrecada, sem que ninguém tenha percebido ainda onde são empregues e para que servem essas contribuições…

O empresário António Nunes promete rebentar com o quadro e meter-se também a caminho, em Tribunal, para exigir à PróToiro que apresente as continhas todas dos últimos anos. «O gel para untar o cabelo não custa assim tão caro», afirma Nunes…

E no meio desta trapalhada, somos todos obrigados a aplaudir a atitude – de que poucos são conhecedores – da nova empresa Toiros com Arte, de Jorge Dias e Samuel Silva (foto de cima), que no passado dia 7 comunicou, também no grupo de WhatsApp da APET, que a partir dessa data, não voltará a pagar qualquer verba à Federação PróToiro…

Foi preciso aparecer uma nova dupla de jovens empresários com a coragem destes para pôr na ferida o dedo que todos os outros «cagões» não tiveram a ousadia de pôr! Aplausos, orelhas e rabos e Porta Grande para a Toiros com Arte! Que justificou assim a sua decisão:

«A Empresa Toiros com Arte informa que a partir do dia de hoje, 7 de Junho do ano de 2023, não voltará a pagar qualquer verba à Federação ProToiro. Esta decisão prende-se com vários factores, nomeadamente com a falta de informação sobre onde são aplicadas as verbas pagas pelos empresários, o desigual serviço prestado em termos de promoção e defesa dos vários espectáculos taurinos e a mais recente ‘proposta’ publicitária que tem como único objectivo sobrecarregar financeiramente as empresas taurinas sem que a Federação justifique a utilidade e aplicação desses valores».

E disse mais, a concluir: «Pelos motivos apresentados acima e pela falta de transparência em todos estes processos, informa a Toiros com Arte que até futuros esclarecimentos por parte da Federação PróToiro, não voltará a contribuir com qualquer verba, independentemente das consequências que queiram aplicar a esta empresa».


Legalmente, a PróToiro não pode aplicar quaisquer consequências a uma empresa que não alinhe nesta pouca vergonha de lhe pagar contribuições que ninguém sabe para onde vão, nem para o que servem. O melhor que tem a fazer é ficar caladinha – ou justificar-se de uma vez por todas…


Espera-se agora que as outras empresas, e os artistas, tenham a coragem que teve a Toiros com Arte e deixem também, imediatamente, de pagar as duvidosas contribuições à PróToiro!…

E espera-se, acima de tudo, que António Nunes prossiga a sua Cruzada em prol da defesa da Festa e vá para Tribunal exigir também as contas todas à dita federação! Vai ser o bom e o bonito, meus amigos!


Todos aos abrigos antinucleares, que a bomba (atómica) rebenta a qualquer momento!… E isto, em menos de nada, vai tudo de pantanas!

Fotos M. Alvarenga e D.R.

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