Leopoldo Nunes morreu há 35 anos (15 de Janeiro de 1988) com 90 de idade. Jornalista, afamado crítico tauromáquico e escritor, filho de forcado e sobrinho de bandarilheiro, foi toureio amador e os seus restos mortais estão em Montemor-o-Novo, sua terra natal.
Fundador do programa radiofónico «Sol e Toiros», colaborou na Emissora Nacional, escreveu diversos livros, entre os quais «Madrid Trágica» e «Vida e Morte de Manolete» (capa em baixo), foi vereador da Câmara Municipal de Lisboa e entre muitos outros galardões que recebeu em vida, foi distinguido com a Medalha de Ouro do Sindicato dos Jornalistas.
Durante muitos anos organizou na praça do Campo Pequeno, em parceria com a empresa de Manuel dos Santos, o célebre festival taurino a favor do Hospital de Montemor-o-Novo, por onde passaram as maiores figuras do toureio da época de Portugal e Espanha.
Na edição deste mês da revista «Novo Burladero», Luis Toucinho recordou na sua secção «Picotazos» que o Município de Montemor o homenageou ainda em vida, atribuindo o seu nome a uma das principais artérias da localidade, mas depois do 25 de Abril os democratas retiraram a placa toponímica e rebaptizaram a rua com o nome de um revolucionário…
Prestes a chegar o 50º aniversário da Abrilada e, «felizmente hoje com uma democracia amadurecida», considera Luis Toucinho, «é tempo de Montemor repor justiça». Oxalá isso aconteça.
Em 1981, sete anos antes da sua morte, deu a última entrevista a Miguel Alvarenga (foto de baixo) na RTP no então programa taurino «Sombra Sol» de Maurício do Vale.
Fotos D.R.
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