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Revolução de Abril «matou» Mestre Núncio há 47 anos

Miguel Alvarenga – Mestre dos Mestres, João Branco Núncio tinha 74 anos e preparava-se para regressar às arenas para voltar a comer o pão que a Revolução de Abril lhe roubara, quando um ataque cardíaco o matou em 26 de Janeiro de 1976 – cumprem-se hoje 47 anos.

Nascido em Alcácer do Sal a 15 de Fevereiro de 1901, o maior toureiro a cavalo da nossa História morreu na Golegã, onde se refugiara em casa de seu cunhado Patrício Cecílio (o mestre dos toureiros a pé), depois de os revolucionários lhe terem ocupado as terras e a própria casa na sua Alcácer natal. 


O Mestre preparava-se de novo para a luta – e anunciara que ia regressar às arenas. Toureara pela última vez a 21 de Outubro de 1973 na praça «Palha Blanco», em Vila Franca, nesse mesmo ano em que no Campo Pequeno, a 27 de Maio, comemorara os seus 50 anos de alternativa com a praça cheia (foto de baixo).



João Alves Branco Núncio estreou-se com apenas 13 anos de idade na antiga praça de Évora e tomou a alternativa no Campo Pequeno a 27 de Maio de 1923, apadrinhado por António Luis Lopes. Com Simão da Veiga, formou a mais célebre parelha de cavaleiros competidores. 

Em toda a sua brilhante e única carreira, toureou mais de 2.000 toiros em mais de 1.000 corridas e montou cerca de 60 cavalos. Foi ainda o primeiro cavaleiro português a actuar em Espanha e em França, estoqueando toiros a cavalo.


Como reza o fado que a inigualável poetisa Maria Manuel Cid lhe dedicou, «não foi um Homem qualquer, foi mais um Homem diferente”.


Fotos D.R.


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