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Vila Franca foi praça cheia na tarde de glória dos Maestros

Miguel Alvarenga – Tão cedo não os vamos voltar a ver todos juntos num mesmo cartel – a não ser que haja algum empresário ousado e arrojado que tenha o bom senso de repetir este maravilhoso elenco de glórias que ontem marcou a temporada na «Palha Blanco»! Espero que sim! Pense nisso, meu caro Ricardo Levesinho – e feche a temporada em Vila Franca com uma apoteose igual aquela com que a abriu ontem.

Tão cedo, também, – repito e não me cansarei de insistir – não vamos voltar a ver nada igual ao que todos testemunhámos ontem na praça de Vila Franca, no festival comemorativo dos 90 anos do grande Grupo de Forcados da cidade, a favor da obra da sua Casa-Museu.

João Moura, Paulo Caetano, António Ribeiro Telles, Rui Salvador, Luis Rouxinol e João Salgueiro, mais o novo Bastinhas, fizeram recordar o passado – de glória e com tanta história! – numa tarde cheia de emoções e de bom toureio, para cujo sucesso muito contribuiu o jogo excelente dado pelos sete toiros da ganadaria de Paulo Caetano, bravos, com teclas, a impôr e a exigir, de apresentação q.b. para um festival e eu diria mesmo que para uma corrida formal, sem o exagero dos «milhares de quilos» a que fomos habituados pelo objectivo comercial dos empresários de hoje em dia. Noutros tempos, nos tempos de Mestre Núncio, de Batista e Veiga e tantos mais, os toiros tinham estes pesos dos de ontem – e não foi por isso que o toureio a cavalo deixou de viver nessas épocas, muito pelo contrário, os seus anos de ouro! Tomem nota disto.

Não me vou alongar muito na descrição e apreciação das actuações dos Maestros – porque não é preciso. Cada qual no seu estilo, recordando a história e o passado que aqui escreveram e aqui deixaram, estiveram ontem simplesmente magistrais, sem nadinha a apontar, com toiros que apertaram e que exigiram, repito, sem a comodidade dos outros que muitas figurinhas dos dias de hoje exigem.

Moura é sempre Moura e o único senão é mesmo estar demasiado gordo. Digo-o pelo seu bem. É urgente e necessário que se cuide (os filhos e os amigos, entre os quais tenho orgulho de me contar, que o obriguem a fazer uma dieta a sério, antes que um dia tenhamos todos que lamentar uma tragédia…). Continua a tratar os toiros por tu e ontem deu mais uma lição de como se toureia e se brega. Incrível! Maestro dos Maestros, primeiro de todos há tantos anos!

Paulo Caetano teve sempre, e nunca vai deixar de ter, o dom de tudo fazer com uma arte e um temple que continuam a ser um verdadeiro compêndio de como se toureia bem e com gosto. Com o cavalo «Campo Pequeno» deliciou tudo e todos e deu, também ele, uma profunda lição de como se toureia a cavalo. Pena não tourear mais. Porque está cada vez melhor, como Vinho do Porto – e continua a fazer falta!

António Ribeiro Telles é, destes antigos e a par de Rouxinol, aquele que permanece em actividade com maior assiduidade em todas as temporadas – e os anos não passam por ele. Esteve, como sempre, em grande plano de maestria, a entrar pelo toiro dentro, cravando de alto a baixo e ao estribo com essa verdade e esse rigor, esse aprumo também, de quem escreveu e fez história nos anais da nossa Festa.

Rui Salvador e os «ferros impossíveis». Pena que o cavaleiro de Tomar tenha ontem toureado pela última vez nesta temporada, depois de anunciar que a suspendia para só regressar em 2024 comemorando 40 anos de alternativa e despedindo-se das arenas – em alta, como ontem o demonstrou. Esteve brilhante a lidar e a cravar, emocionando e empolgando, como é seu timbre.

Luis Rouxinol continua a não saber estar mal. Protagonizou lide triunfal, sobretudo com o cavalo «Douro», com requintes de bom gosto e a emoção de sempre, galvanizando o público com a sua eterna maestria, terminando com um arrojado par de bandarilhas, a marca da casa, que não resultou à primeira, mas foi empolgante à segunda.

João Salgueiro trouxe ontem a Vila Franca a magia dos seus tempos de glória com aqueles ferros temerários que páram os corações de todos nós e causam arrepiantes calafrios na bancada, parecia ele que tinha outra vez vinte anos. Lide de valor tremendo e emoção «à Salgueiro» – como sempre. Oxalá volte a tourear mais esta temporada – porque esta emoção e esta verdade são também, como toureio de arte de Caetano, coisas que fazem falta à Festa! E que, infelizmente, estão cada vez mais desuso…

Fechou praça, representando seu saudoso pai (sempre presente nas suas vibrantes actuações) neste naipe de antigos Maestros, o irrequieto e sempre inesperado Marcos Bastinhas, que foi esperar o toiro à porta dos sustos e desenhou a seguir uma lide empolgante, rematada e onde tudo foi perfeito, desde os dois ferros compridos em terrenos apertados e a deixar vir o toiro, aos emotivos curtos cravados também em terrenos de grande compromisso, no sítio que assusta, o sítio de verdade. Brega excelente e em permanente contágio com o público, alegre e comunicativo, terminando «à pai» com o par de bandarilhas e o emblemático salto do cavalo e a praça toda de pé!

Nota alta para as intervenções de todos os bandarilheiros membros das quadrilhas dos sete cavaleiros, sem excessos de capotazos, com arte e maestria de todos eles.

Melhor que isto era mesmo impossível e tão cedo não vamos ver uma corrida assim (foi um festival, mas teve o esplendor de uma corrida). A tarde de ontem, marcada ainda pelas sete apoteóticas pegas dos antigos Forcados de Vila Franca, a que já aqui me referi em pormenor, foi, não restam dúvidas, a tarde da temporada. Muitas mais hão-de vir – mas sem Maestros como estes! E sem uma história, uma emoção e um glamour como aquele que ontem recordou o passado e encheu as medidas a todos os aficionados que estiveram na «Palha Blanco» quase cheia.

Lara Gregório de Oliveira foi a competente directora de turno, assessorada pelo conceituado médico veterinário Jorge Moreira da Silva e o festejo esteve presidido, no camarote que outrora foi Real, pelo presidente da autarquia Fernando Paulo, pelos autarcas da Junta de Freguesia e pela embaixadora de Espanha, que honrou a Tauromaquia lusa associando-se a esta grande festa.

Ao início, com os Forcados de Vila Franca e emoldurar a arena encostados à trincheira, realizou-se uma cerimónia de entrega de lembranças aos artistas participantes e depois, nas cortesias, guardou-se um respeitoso minuto de silêncio em memória do forcado vilafranquense António Tomás Pereira e do Comendador Rui Nabeiro, que recentemente nos deixaram.

Fotos M. Alvarenga

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