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3 mayo 2024

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Morreu Juan García «Mondeño» – o toureiro frade

Com 88 anos de idade, morreu na quinta-feira na sua residência sevilhana de Sanlúcar la Mayor o antigo matador de toiros Juan García «Mondeño». Completava 89 anos hoje, dia 7 de Janeiro. Na foto de cima, numa corrida na desaparecida Monumental de Cascais, anos 60, com «El Cordobés» e o então Presidente da República, Almirante Américo Thomaz.

Natural de Puerto Real, o toureiro andaluz chegou a abrir a Porta do Príncipe da Real Maestranza de Sevilha ainda como novilheiro. E foi nessa praça que tomou a alternativa em 29 de Maio de 1959, apadrinhado por António Ordoñez, com o testemunho de Manolo Vásquez.

Figura nos anos 60 e 70, competiu com as grandes figuras da época, como «El Viti», Paco Camino, «El Cordobés», Ordoñez e todos os outros.

No início dos anos 60, o toureiro andaluz surpreendeu o mundo taurino ao deixar as arenas para se dedicar a Deus e à vida de frade. A sua ordenação aconteceu no Convento Dominicano de Caleruega na província de Burgos a 30 de Agosto de 1964. “Mondeño” era, ao tempo, uma das grandes figuras do toureio espanhol.


A sua vocação não foi tão forte quanto a paixão que nutria pela arte do toureio e em 1966 deixou o convento para regressar às arenas, elegendo a praça de Lisboa para se voltar a vestir de luces. Foi no Campo Pequeno que fez a sua reaparição a nível mundial. Quando o Campo Pequeno era uma praça de categoria e de eleição.


A sua reaparição mundial ocorreu na Monumental do Campo Pequeno em 27 de Março de 1966 (programa em baixo), cumprem-se daqui a três meses 57 anos, numa tarde em que toureou mano-a-mano com António dos Santos. A cavalo actuavam Pedro Louceiro e o jovem promissor Joaquim José Correia (Quim-Zé), que em Outubro desse mesmo ano viria a morrer, vítima de colhida, nessa mesma arena de Lisboa. Lidaram-se toiros de Manuel João Coimbra Barbosa e pegou o Grupo de Forcados Amadores do Montijo, sob o comando de José Carvalheira.


Fotos D.R.



«Mondeño» – toureiro e frade




Foi um dos toureiros importantes dos anos 60 e 70


«A nova vida de Frei Mondeño» – exclusivo 
mundial na revista «La Actualidad Española».
Em baixo, o cartaz da reaparição mundial de
«Mondeño» no Campo Pequeno em 1966