Uma história com graça passada ontem em Livramento…

Miguel Alvarenga – Uma história com alguma graça, que convosco partilho, coisas daquelas que, por norma, só acontecem comigo…

Ontem em Livramento, entrei cedo na praça (portátil) para tentar encontrar um lugar (não marcados) na barreira ou primeira fila, como lhe queiram chamar, por forma a poder fotografar. Fiquei na sombra, onde ainda havia barreiras disponíveis, mesmo por baixo do local onde estavam o director de corrida João Cantinho, o médico veterinário Jorge Moreira da Silva, o cornetim e o representante da autoridade local, GNR (foto de cima).

Tinha-me acabado de sentar, preparava a máquina, quando da trincheira veio ter comigo um senhor, que presumo fosse o chamado avisador que actua em sintonia com o director de corrida e, por norma, põe ordem entre tábuas. Senhor educado e de trato afável. Disse-me:

– O senhor desculpe, mas o senhor director de corrida disse que não se podia fotografar cá de baixo, tem que ir para uma fila mais acima para poder fotografar…

Achei graça e achei estranho. E perguntei ao senhor avisador:

– Está a falar a sério ou a brincar? É para os Apanhados?…

Sou jornalista com Carteira Profissional, das mais antigas por sinal, estava sentado numa barreira, num local público, para fazer a reportagem do espectáculo, lei alguma me impede de fotografar daquele local, a não ser que o director-geral da IGAC tenha, de repente, feito outro despacho daqueles que depois o António Nunes contestará certamente…

– Não estou a brincar, estou só a transmitir as ordens do senhor director de corrida – respondeu-me o senhor avisador.

João Cantinho, ali mesmo de cima, assistiu à abordagem que me foi feita pelo seu assessor-avisador. Virei-me para o director João e ele sorriu e fez-me um gesto assim como quem diz «à vontade, não se passa nada»…

Depois pus-me a pensar com os meus botões e cheguei à conclusão de que o director de corrida teria alertado o senhor avisador para o facto de não ser permitido fotografar «em baixo», mas ao dizer «em baixo» referia-se certamente à trincheira (não havia senhas de trincheira para os fotógrafos, aliás, não estava lá ontem quase nenhum, a não ser, a Mónica Mendes, também na bancada, e outro repórter que não sei quem é).

O director de corrida terá transmitido ao senhor avisador que só se podia fotografar «em cima» (na bancada), mas o senhor avisador terá interpretado a ordem de João Cantinho como se «em cima» tivesse que ser nas filas mais de cima…

Ultrapassada a questão, fotografei todo o festival desde a barreira e nenhum GNR me prendeu… Ufa!

Foto M. Alvarenga

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